quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Berlim

A capital alemã foi uma das cidades que mais gostei de conhecer na Europa. Ela não é bonita como Barcelona, Paris, Praga ou Amsterdam, e até me irritou bastante na chegada, por ser uma cidade escura (que depois eu fui saber que era pra conservar essa aura de mistério da Berlim Oriental na época das duas Alemanhas). Mas a cidade é um banho de História. É sério, eu aprendi "in loco", num passeio que fizemos por umas 7h, à pé, com um guia espanhol, mais do que em todas as aulas de História do colégio. Há muuuuuuuuito o que ver e o que fazer em Berlim, e nao ousem reservar para ela menos do que quatro dias, pois seria uma blasfêmia. Os museus, as igrejas, os monumentos, o parlamento, os parques, é tanta coisa incrível que se eu fosse falar detalhadamente de tudo não iria acabar nunca mais na vida. Alguém tem noção que no Museu Pergamon tem uma porta que esteve na Babilônia??? Sem falar no Museu DDR, que conta toda a vida da Alemanha Oriental. E o Museu Topografia do Terror, que fala sobre o Nazismo??? Nooossa Senhora, é um deleite só estar nessa cidade.

Madrid, a segunda visita

E eis que eu voltei à Madrid. Fui apresentar um artigo em um congresso internacional sobre juventude. O congresso foi ótimo, com expositores muito competentes, debates super ricos, vários dados interessantes para a tese, enfim, foi uma baita experiência poder participar de um evento como esse. E estar mais uma vez na capital espanhola, desta vez na companhia do meu amigo Luciano, foi muito legal, pois pude conhecer coisas que eu não tinha visto na primeira visita. Madrid é uma grande cidade, em vários sentidos. Mas não é bonita como Barcelona, nem divertida como Barcelona, nem charmosa como Barcelona, nem há tanto o que fazer e ver como em Barcelona. Enfim, se você só puder visitar uma cidade na Espanha escolha Barcelona. Vocês podem pensar que eu já tô quase um catalão (o que não é mesmo verdade) e já comprei a disputa entre as duas cidades, mas não é. É que a capital, apesar de sua grandiosidade, fica mesmo obscurecida pela beleza e pela atmosfera mágica da cidade que é banhada pelo lindo Mar Mediterrâneo e tem obras como a Sagrada Família e a Pedrera.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Vaticano

Eu não preciso falar muito sobre o Vaticano, basta só dizer que eu e Luciana vimos o Papa!!! Mesmo sem planejar, porque era um dia de quarta-feira, e nós sabemos que ele aparece na janela aos domingos. Mas quando chegamos lá ele estava celebrando uma missa, para uma "pequena" multidão de pessoas! Depois do encantamento pelo fato de assistir uma missa celebrada pelo papa vem o questionamento "mas e aí, e se estiver tudo fechado o dia todo por conta da missa?!". Mas, graças ao bom Deus, e, porque não dizer, à intercessão do Papa, logo depois da missa tudo voltou a funcionar normalmente e nós pudemos entrar na Basílica, que é uma coisa exorbitante de tão grande... É... alí fica bem nítido o poder que a Igreja tem. O Museu do Vaticano também é um lugar incrível, principalmente (mas não só por isso) pela oportunidade de entrar na Capela Sistina. O teto dela realmente é um obra ímpar... E sim, não dê ouvidos aos recados e tire umas fotos do teto, vale a pena. Mas seja discreto! Enfim, ter esse "encontro" com o Papa fechou com chave de ouro nossa viagem inesquecível.

Roma

Roma é uma cidade fascinante! É tanta História junto que dá até uma náusea de tanta informação e de tanto conhecimento. Para quem vai de Paris direto para lá, como eu e Luciana fizemos, é inevitável fazer comparações em termos de beleza. Fica uma sensação de que Roma não é tão linda como a cidade-luz. E não é mesmo... Mas Roma tem seus encantos e sua magnitude. É uma volta no tempo andar por aqueles lugares, é bem surreal. Coliseu, Fórum Romano, Palatino, Circo Mássimo... é tanto lugar que habita há tempos o nosso repertório cultural... A Fontana di Trevi é uma coisa fantástica de tão linda e a Praça Navona é um dos locais mais bonitos da cidade, daqueles que não dá mais vontade de ir embora. Também foi muito legal ir no Trastevere, um bairro boêmio, jantar num típico restaurante italiano, com aquelas comidas maravilhosas... Roma vale cada minuto em que se está nela!

Mais uma vez retomando

Bem, essa é mais uma tentativa de retomar o blog... Sei lá, agora que já tenho passagem de volta ao Brasil marcada parece que dá uma vontade de apontar as coisas por escrito, para garantir que elas nunca vão ser esquecidas. Como se precisasse, né... Afinal, quem passa por uma experiência dessas não esquece nunca, jamais, em tempo algum. É algo que a gente leva pro resto da vida, na cabeça e no coração. Mas é sempre bom ter um registro escrito dessas vivências, para poder reler daqui a algum tempo e para depois poder mostrar aos filhos, netos, bisnetos...

Seguem os relatos bem breves...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Versailles

Versailles é uma cidadezinha nos arredores de Paris e, claro, é onde localiza-se o famoso palácio. Começo o post assim porque algumas vezes temos a impressão de que o palácio fica "no meio do nada". Pode até ser que um dia aquela região toda fosse desabitada, mas hoje há uma cidade em torno do ponto turístico mais famoso da área. Para chegar até lá tem que pegar um trem em Paris e viajar por cerca de 1 hora. Ou seja, quando se vai preparar um roteiro de viagem à Paris, é bom dedicar um dia inteiro ao palácio, porque é impossível realizar outras atividades nesse mesmo dia.

Quando eu estava lá nos jardins do palácio, vendo de um lado o belíssimo prédio e do outro os espelhos d'água que acompanham o verde do gramado, eu disse para a Luciana: "acho que esse é um dos lugares mais lindos que eu já vi na minha vida". É tudo tão impactante, grandioso e luxuoso que a gente até se sente dentro de um filme... Meio clichê essa frase, mas era assim mesmo que nos sentíamos, porque aquilo tudo não parecia realidade.

Levamos um vinho e um queijo brie e sentamos num baquinho para comer, beber e brindar à nós dois e à realização de tantos sonhos e conquistas. Foi um momento único e muito especial. Andamos por todos os jardins, conhecemos o palácio da Maria Antonieta, os anexos da construção principal... Aquilo alí é um mundo, e as caminhadas entre uma coisa e outra são longas. Mas vendo aquelas paisagens quem se importava de ter que andar?!

O Palácio de Versailles foi a última coisa do dia. Luxo, suntuosidade, riqueza, poder, grandiosidade e todos os outros adjetivos que inspirem superlativos. Tudo alí era super. A cada novo aposento mais um impacto... seja pela visão de um tapete, ou um quadro, uma mobília, ou quem sabe um lustre... Sempre tinha algo a nos tocar, a nos fazer perder a respiração por alguns segundos, tontos com todas aquelas visões.

Voltamos mortos para casa, cansados fisica e mentalmente. Foi muita visão e informação para um dia só. Nossa passagem pela França terminava com chave de ouro.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Paris

Bem, eu já ouvi alguns comentários dizendo que Paris é meio decepcionante (porque você espera muito dela), que não é tão bonita assim, que os franceses são grossos, que isso e que aquilo outro. Eu não sei se pelo fato de eu estar com a Luciana, de os dias em que estivemos na capital francesa terem sido muito bonitos (apesar de frios), de estarmos muito bem acomodados e localizados na casa do Leonardo (amigo da Lu, que saiu de casa e foi para a casa da namorada para deixar-nos completamente à vontade), o que eu posso afirmar com convicção é que estar em Paris foi a realização de um grande sonho. E eu e Luciana saímos apaixonados pela cidade!

Paris deve ter lá suas partes feias, mas, sinceramente, nós não passamos por elas, porque tudo o que vimos era lindo e magnífico. No dia em que fomos à Torre Eiffel fazia um sol tão lindo que pudemos aproveitar com intensidade nossa subida ao topo. Que vista era aquela?!

Fizemos tudo o que tínhamos direito e conhecemos muita coisa... Praticamente conseguimos fazer todo o roteiro proposto, o que foi uma vitória, pois cidades como Paris são impossíveis de serem realmente conhecidas por completo em uma só visita. A Notre Dame é uma coisa linda, os jardins de Luxemburgo são esplendorosos, o passeio de barco pelo Sena foi indescritível, a caminhada pela Champs-Élysées foi cinematográfica, enfim, tudo foi muito bem vivido e aproveitado. Foram dias bem cansativos (acordávamos por volta de sete da manhã e íamos dormir por volta de 1 da madrugada), mas o nosso propósito era conhecer o máximo de coisas que fosse possível. E nosso objetivo foi atingido!

Mas talvez a visita ao Louvre mereça um destaque nesse breve relato... Primeiro porque andamos feito uns loucos ali... Olha, eu sabia que o Louvre era enorme, mas não fazia idéia do tamanho de fato. Aliás, ninguém que não o conheça pessoalmente vai ter noção do quão grande é aquele museu. Ver a Monalisa, a Vênus de Milo, o Código de Hamurabi, dentre outras obras que povoam nossos imaginários desde que nos conhecemos por gente, é algo que não dá para explicar em um simples texto de blog. A pobrezinha da Lu saiu carregada por mim do museu, tamanha era a dor nos seus pezinhos lindos... Mas fomos embora de lá realizados, extasiados com tamanha oportunidade de vivenciar tudo aquilo.

Coroamos nossa estadia na cidade-luz colocando un cadeado com os nossos nomes na Pont Des Arts, e depois jogando as chaves no fundo do Sena. Quem faz esse ritual não se separa nunca mais. Tenho certeza de que voltaremos muitas vezes à Paris para visitar nosso cadeado e aproveitar todas coisas que a cidade sempre terá a nos oferecer.

O que não gostamos de Paris: o metrô... depois de andar no de Barcelona é bem chocante andar nos metrôs da capital francesa... velhos, feios, sujos, fedorentos e inseguros. Não nos sentíamos à vontade no metrô... tinha sempre alguém estranho mexendo com as pessoas. Muita gente louca nas estações, mal-encaradas. No metrô de Barcelona nós chegávamos a dormir algumas vezes, de tão seguro que nos sentíamos. Lá em Paris a gente nem piscava o olho!

Alimentação também não é barato em Paris... só para exempleficar. Fomos num bar/lanchonete e pedimos 1 sanduíche, 1 omelete, 1 crepe doce e dois refrigerantes. Por isso pagamos quase 40 euros! E o lugar não era chique. Não tinha vista bonita e nem nada de especial.

Mas nada disso apaga o brilho da cidade, o encantamento que toma conta da gente ao andar por suas ruas, ao ver seus prédios e monumentos, ao inebriar-se com a beleza de seus jardins e ao surpreendermo-nos com a aura de sua atmosfera. Paris, je t'ame.