sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Cordialidade catalana
Os brasileiros aqui costumam reclamar bastante do "abuso" catalão, especialmente dos atendentes, sejam de lojas, farmácias, correios, etc. Eu confesso que nunca havia tido nenhum tipo de problema com relação a isso. Tudo bem que sempre achei que eles não fossem as pessoas mais doces e receptivas do mundo (a maioria, mas não dá para generalizar), mas nunca haviam sido desagradáveis especificamente comigo. Quando eu chegava nas lojas ou restaurantes, por exemplo, era atendido corretamente, mas sem qualquer amabilidade. Pois eis que um dia desses estava eu na La Central, que é uma das livrarias mais famosas daqui, e pedi ao vendedor para ele olhar 3 livros pra mim e anotar o preço ao lado. Entreguei um papel com os 3 livros anotados, com nome de autor, editora, ano de publicação, tudo. Pois vocês acreditam que ele começou a olhar e, de repente (deve ter baixado a preguiça nele), se virou para mim e disse "olha, tem na internet essas informações" e me entregou o papel. Eu respirei fundo e disse "tudo bem, eu vou em outra livraria onde tenha uma pessoa melhor capacitada para atender os clientes". Virei-me e saí, puto da vida. Como eu não tava afim de barraco naquele dia não fiz nada, mas bem que depois eu fiquei pensando "devia ter chamado o gerente". Catalão fí de uma égua. Mas também não vou deixar que uma grosseria de um único catalão suje a imagem deles para mim. Além disso, o fato do catalão ser ou nao amável não faz diferença, pois em uma cidade multicultural e cheia de gente do mundo todo como Barcelona o "nativo" acaba até sendo minoria.
Dia do Brasil
Domingo foi comemorado o "Dia do Brasil em Barcelona", promovido por algumas instituições latino-americanas e, principalmente, pelo esforço e voluntariado de algumas pessoas. Foi um dia muito bonito e foi bem gostoso ver todos aqueles brasileiros na praia, reunidos, confraternizando ou apenas compartilhando daquela sensação. Tivemos música brasileira e catalana, como parte do objetivo da festa de integrar brasileiros e catalãos. E, podem acreditar, tinha muita gente daqui de Barcelona curtindo a nossa festa. Cantamos o hino completo (glória ao pai que não era a Vanusa a encarregada de puxar o coro!), e foi bem emocionante ver e viver aquela cena. Claro que nem tudo foi perfeito, porque talvez a organização do evento não esperava tanta gente e acabou não se preparando bem. Filas gigantescas e cerveja quente logo no início da festa (ainda bem que depois liberaram a entrada dos vendedores ambulantes) marcaram negativamente o dia. A feijoada, que eu saí de casa desejando comer, estragou, segundo os comentários do povo. Comi duas coxinhas de galinha com guaraná Antarctica, o que matou moderadamente o meu desejo de comida brasileira, apesar da coxinha não estar boa. Quando anoiteceu começou um samba/pagode bem animadinho e rolou até ligação pra noiva na hora em que escutei "morena tropicana", que é a cara dela!
Enfim, a estrutura da festa deixou bastante a desejar, mas Germana, Túlio e Pedro só faltaram me matar de rir, então o saldo do dia foi mais do que positivo!
Enfim, a estrutura da festa deixou bastante a desejar, mas Germana, Túlio e Pedro só faltaram me matar de rir, então o saldo do dia foi mais do que positivo!
Não é possível...
Olha, hoje eu só não jurei pra mim que eu nunca mais poria os meus pés no Lidl (o supermercado) porque ele fica muito perto daqui de casa, e eu sei que invariavelmente eu vou acabar lá mesmo pra fazer as compras da semana. Mas vontade de fazer essa promessa não me faltou. Simplesmente hoje não tinha NADA lá! Sabe nada?! Sabe um monte de prateleira vazia?! Pois é, assim era o Lidl hoje, em plena sexta-feira, dia que 90% da população passa no supermercado para comprar coisas para o final de semana. E eu fui cedo, antes do povo sair do trabalho, então eu sei que não estavam faltando os produtos porque todo mundo já havia passado lá antes de mim, mas porque eles não se prepararam para as demandas dos clientes. Aposto como já abriram as portas hoje com as coisas faltando, tamanha é a incompetência do supermercado. Hoje não tinha a carne que eu costumo comprar, não tinha as saladas, não tinha os canelones, não tinha umas comidinhas alemãs que eu gosto, não tinha porra nenhuma naquela bosta. Logo no final de semana em que a Luciana vai chegar... Vou ter que ir no Carrefour amanhã fazer as compras, porque hoje eu não consegui comprar nada. Sorte do Lidl que ele é muito, muito, muito barato, porque se não fosse assim eu duvido que algum cidadão nessa cidade colocasse os pés ali.
A metade do caminho
Hoje faz seis meses que estou em Barcelona. Nunca estive tanto tempo fora do Brasil, nunca estive tanto tempo sem ver meus pais, minha noiva, minha irmã, meus sobrinhos e meus amigos. Mas, mesmo com todas essas ausências, esses seis meses foram muito, muito especiais na minha vida. Eu costumo dizer que essa experiência aqui é como um intensivo de vida. Você aprende em alguns meses o que nunca havia aprendido antes. É um intensivo de aprendizagem, de conhecimento, de cultura, de tolerância, de tantas coisas... Desde que cheguei aqui tantas coisas aconteceram já... a língua que pegou o ritmo, as amizades construídas, os lugares visitados, os artigos apresentados, os livros lidos, enfim, um mundo de coisas descobertas. Mas eu acho que ainda tenho tanto a aprender, tanto a conhecer... Que venham novas amizades, novos livros, novos congressos, novas cidades, enfim, que venham muitas outras coisas. O melhor desse meu balanço de seis meses é saber que tudo aqui superou as minhas expectativas e que eu tenho feito tudo o que me propus fazer antes de chegar aqui. E que os próximos seis meses sejam tão produtivos acadêmica e experiencialmente como esses que completo hoje. Estar em Barcelona tem sido, cotidianamente, a realização de um grande sonho.
Senhor Benito
Logo que cheguei aqui a Othita fez um almoço para uns amigos dela, que eu até comentei em uma das primeiras postagens desse blog. Os convidados eram o Sr. Benito, sua esposa (de quem eu não recordo o nome) e o filho do casal, o Javier. Sobre o almoço delicioso eu já comentei no post de março. O que eu não falei foi que a senhora tem alzheimer e eu fiquei muito comovido e emocionado com a maneira com a qual marido e filho cuidavam da esposa/mãe. Eles eram de uma dedicação tão grande... davam comida na boca dela, limpavam cuidadosamente os lábios da senhora, com todo o capricho, insistiam carinhosamente para que ela comesse mais, enfim, estavam o tempo todo preocupados com o bem-estar dela. O senhor Benito foi muito receptivo comigo, naquele que foi um dos meus primeiros almoços "em família" aqui na Espanha. Perguntava-me sobre o Brasil, falava (bem) do Lula, interessava-se pelo que eu tinha vindo fazer aqui em Barcelona... Nesse tempo todo em que estou aqui atendi algumas vezes telefonemas dele para a Othita. Há alguns meses Othita me disse que o Sr. Benito estava com câncer e antes de ontem ela me falou que ele havia acabado de falecer. Conheço tão pouco o Sr. Benito... mas, de algum modo, ele faz parte da minha vida aqui na Espanha, ele marcou, positivamente, a minha chegada aqui. E, mesmo que ele não faça parte do meu círculo de amizades aqui, eu senti muito a morte dele. Puxa, foi tão rápido... Há menos de seis meses o Sr. Benito estava forte e saudável. Poderia até já estar doente e não saber, mas a impressão que tínhamos dele era a de um homem com saúde. E agora ele não está mais entre nós. Nunca mais vou atender o telefone e ver no bina escrito "Sr. Benito"... Que triste.
domingo, 5 de setembro de 2010
Sonho que se sonha junto...
Desde quando começamos o nosso relacionamento (há exatos 2 anos e sete meses, comemorados hoje!) eu e Luciana temos nos especializado em realizar sonhos. Somos dois sonhadores, e lutamos juntos para concretizar cada um deles. Para nós, que temos um relacionamento que é mantido, muitas vezes, à distância, muita coisa – que para outros casais é rotina – acaba se tornando um sonho. O simples estar junto, por exemplo, é comemorado e vivido com uma intensidade e uma felicidade ímpares. Foi realizando sonhos que em dois anos a Luciana esteve cinco vezes no Rio Grande do Sul, foi realizando sonhos que nos vimos em que todos os meses do ano passado (menos em agosto), foi realizando sonhos que sempre estivemos juntos nos momentos mais importantes (aniversários, natal, reveillon...). Cada momento é esperado e vivido por nós como a realização de um sonho, e é sonhando que queremos continuar as nossas vidas.
E vai ser exatamente daqui a uma semana, domingo, dia 12 de setembro, às 11:55 da manhã, quando o vôo da TAP tocar o solo catalão, que estaremos realizando o maior dos nossos sonhos até agora. Sonho que nasceu antes mesmo de eu me mudar para Barcelona, que se revigorou quando eu já estava aqui e que se corporificou no dia 11 de maio, quando a passagem foi comprada (como esquecer do telefonema que recebi naquela tarde: “amor, comprei a passagem!”...).
Mesmo que fosse para ficarmos todos os dias em Barcelona já seria a realização de um sonho, mas quisemos sonhar ainda mais... Então vieram os planos, os roteiros, as dicas dos amigos, as buscas em sites de viagens... Mais sonhos envolvendo esse momento tão aguardado. Paris, ahhh Paris... Estar na cidade-luz, por si só, já é um presente de Deus, mas estar nela com a mulher da sua vida é algo que não dá para explicar! E Roma... beber água na Fontana di Trevi e eternizar o nosso amor... Benzer as nossas alianças no Vaticano, e ter as graças Dele derramadas sobre nós dois! E quando já estávamos nas nuvens eis que ainda surge mais uma oportunidade de desfrutar e aproveitar intensamente a vida... Ahhh Ibiza... pode nos aguardar em suas águas belas e transparentes!
Eu materializo detalhadamente em minha mente todos os momentos que vão se suceder depois que a Luciana sair pela porta do desembarque, tintin por tintin. A emoção indescritível de ver seu rostinho lindo, o abraço, o beijo. Tocar sua pele, dar um cheiro naquele pescocinho lindo e sentir o cheirinho mais cheiroso de todo o mundo. Implicar com ela por alguma coisa e ver e ouvir sua risada. E iniciar, finalmente, a concretização de tudo o que planejamos desde maio.
Muito obrigado a todos que torceram e vibraram conosco em todos esses meses de preparativos! E muito obrigado a você, meu amor, por fazer de tudo para estar comigo, sempre, seja lá onde eu estiver! Falta pouco, muito pouco para o nosso sonho começar a se realizar...
Amo você!
Dan.
E vai ser exatamente daqui a uma semana, domingo, dia 12 de setembro, às 11:55 da manhã, quando o vôo da TAP tocar o solo catalão, que estaremos realizando o maior dos nossos sonhos até agora. Sonho que nasceu antes mesmo de eu me mudar para Barcelona, que se revigorou quando eu já estava aqui e que se corporificou no dia 11 de maio, quando a passagem foi comprada (como esquecer do telefonema que recebi naquela tarde: “amor, comprei a passagem!”...).
Mesmo que fosse para ficarmos todos os dias em Barcelona já seria a realização de um sonho, mas quisemos sonhar ainda mais... Então vieram os planos, os roteiros, as dicas dos amigos, as buscas em sites de viagens... Mais sonhos envolvendo esse momento tão aguardado. Paris, ahhh Paris... Estar na cidade-luz, por si só, já é um presente de Deus, mas estar nela com a mulher da sua vida é algo que não dá para explicar! E Roma... beber água na Fontana di Trevi e eternizar o nosso amor... Benzer as nossas alianças no Vaticano, e ter as graças Dele derramadas sobre nós dois! E quando já estávamos nas nuvens eis que ainda surge mais uma oportunidade de desfrutar e aproveitar intensamente a vida... Ahhh Ibiza... pode nos aguardar em suas águas belas e transparentes!
Eu materializo detalhadamente em minha mente todos os momentos que vão se suceder depois que a Luciana sair pela porta do desembarque, tintin por tintin. A emoção indescritível de ver seu rostinho lindo, o abraço, o beijo. Tocar sua pele, dar um cheiro naquele pescocinho lindo e sentir o cheirinho mais cheiroso de todo o mundo. Implicar com ela por alguma coisa e ver e ouvir sua risada. E iniciar, finalmente, a concretização de tudo o que planejamos desde maio.
Muito obrigado a todos que torceram e vibraram conosco em todos esses meses de preparativos! E muito obrigado a você, meu amor, por fazer de tudo para estar comigo, sempre, seja lá onde eu estiver! Falta pouco, muito pouco para o nosso sonho começar a se realizar...
Amo você!
Dan.
sábado, 4 de setembro de 2010
O corpo lá e aqui
Aqui eu praticamente não espirro e meu nariz não fica escorrendo. Aqui eu não tenho crise respiratória alérgica. Aqui meu intestino funciona relativamente bem (e eu nem preciso de Activia... kkkkkkkkkk). Aqui a minha dermatite fica sempre controlada e meu rosto não fica com pataca vermelha. Em compensação foi aqui que tive a pior crise de garganta da minha vida, por conta das mudanças de temperatura. E foi aqui que uma maldita alga queimou meu braço e agora, decorrido 1 mês do episódio, é que a mancha está saindo... Mas meu corpo funciona melhor aqui, isso é um fato.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
O que argumentar?
Estava eu em uma lojinha de souvenir em Amsterdam, falando português com o Luciano, quando a vendedora me perguntou, em inglês, se eu era brasileiro. Daí eu respondi afirmativamente, no que ela emendou "ah, já estive no Rio!". Eu perguntei se ela tinha gostado e ela disse que sim, que era um lugar maravilhoso, e completou, dizendo "pena que é tão perigoso". Na hora eu fiquei pê da vida, afinal eu posso falar mal do meu país, mas não gosto que nenhuma outra pessoa que não seja de lá fale. Tentei argumentar, relativizando "ah, também não é assim, há um pouco de exagero", mas a moça disse "é assim, sim. é um lugar lindo, mas nos sentimos inseguros lá". Daí eu pensei... "é, não dá para discutir se ela tem razão". E saí da loja com o rabo entre as pernas. Logo eu, que não levo desaforo pra casa. Mas não sou estúpido de me posicionar contra uma coisa que é tão clara. Ah, Rio, você me paga por isso...
Por amor aos aviões...
Estava eu andando por Schiphol, o majestoso e belo aeroporto de Amsterdam, quando li nas placas indicativas: "terraço panorâmico". Meus olhos brilharam feito os de uma criança de frente para o melhor presente do mundo. Em questão de segundos estava eu lá, completamente fascinado com a vista mais do que inacreditável! Parecia até um sonho estar de frente para aqueles 747, 777, 767, A330, A340... um ao lado do outro. Aquela vista inebriante dos jumbos da KLM pousando e decolando... Poderia passar horas, dias desfrutando daquele cenário, não fosse um detalhe: chovia torrencialmente em Schiphol... Mas daquelas chuvas que só faltam levar você. Claro que eu estava com guarda-chuva, mas naquela situação ele não fazia diferença. Quando dei por mim estava com as calças ensopadas do joelho pra baixo, tênis molhado, casaco molhado, mochila molhada (com o cartão de embarque molhado!), enfim, parecia que eu tinha caído dentro da piscina. Desci para o aeroporto, todo molhado, mas feliz. Por amor aos aviões eu faria tudo de novo!
Eurocêntrico...
Vou confessar uma coisa a vocês... tô tão eurocêntrico nos últimos tempos... achando que só a Europa bomba e que só vale a pena viajar pra cá! Mas deve ser uma fase, passa já... Huahuahauahuhaua.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Rotterdam
Uma das coisas bacanas nessa viagem à Holanda foi ter podido visitar duas cidades tão diferentes como Amsterdam e Rotterdam. E tão próximas geograficamente! Depois de 1 hora de viagem de trem chegamos à "modernosa" Rotterdam.
Rotterdam é um verdadeiro deleite para os fãs de arquitetura e design, mesmo que seja para criticar o gosto dos arquitetos da cidade... Bonitos ou feios, não importa, os prédios da cidade chamam a atenção! Prédios altíssimos, espelhados, entrecortados, com fachadas que piscam, com vidros que imitam texturas de bronze, com tetos que reproduzem torres de castelo, enfim, a criatividade dos estilos não tem fim. O simples caminhar pelas ruas da cidade já é uma grande atração de Rotterdam, pois a cada quarteirão vem uma novidade em termos arquitetônicos!
Em Rotterdam também fomos na Euromast, uma torre altíssima, de onde, do seu topo, tem-se uma vista magnífica da cidade. Sobe-se em um elevador "normal" até uma parte da torre, onde há o primeiro terraço. De lá sobe-se em um elevador panorâmico, com uns bancos para os espectadores sentarem-se. Esse elevador vai subindo e girando, lentamente, para que se possa ter uma visão de 360 graus da cidade. Passeio imperdível e muito divertido!
Mas o grande lance de Rotterdam é conhecer a Cube House, as casas em formato de cubo, criadas pelo arquiteto Piet Blom, em 1984. Trata-se de um condomínio no qual as casas têm formato de cubo. Mas em vez de no chão estar uma das superfícies do cubo, como seria de se supor, o que toca o solo é uma das pontas!!! Isso mesmo! E o mais louco de tudo é que é um condomínio "de verdade", as pessoas moram mesmo lá. Não é daquelas obras só "para mostrar" não... Um dos proprietários cobra 2,50 euros para quem quiser conhecer a casa por dentro e é óbvio que eu fui lá conferir a loucura de perto. É algo meio surreal... Não é desconfortável, mas é estranho... As escadas são horríveis, daquelas que ficam quase na vertical. Em alguns momentos é bom tomar muito cuidado para não bater a cabeça no teto! KKKKKKKK. A casa que visitamos tinha um quarto, um escritório, um banheiro, sala, cozinha e um terraço, lá no último andar. Por mais que eu descreva aqui não dá para se ter uma noção exata do que é a Cube House no cenário de Rotterdam, só visitando mesmo para conseguir entender!
Terminar o dia com um delicioso sorvete de creme misturado com pedaços de morango, cereja e chocolate, a caminho da estação, fechou com chave de ouro nossa passagem por essa cidade moderna e vibrante que é Rotterdam!
Rotterdam é um verdadeiro deleite para os fãs de arquitetura e design, mesmo que seja para criticar o gosto dos arquitetos da cidade... Bonitos ou feios, não importa, os prédios da cidade chamam a atenção! Prédios altíssimos, espelhados, entrecortados, com fachadas que piscam, com vidros que imitam texturas de bronze, com tetos que reproduzem torres de castelo, enfim, a criatividade dos estilos não tem fim. O simples caminhar pelas ruas da cidade já é uma grande atração de Rotterdam, pois a cada quarteirão vem uma novidade em termos arquitetônicos!
Em Rotterdam também fomos na Euromast, uma torre altíssima, de onde, do seu topo, tem-se uma vista magnífica da cidade. Sobe-se em um elevador "normal" até uma parte da torre, onde há o primeiro terraço. De lá sobe-se em um elevador panorâmico, com uns bancos para os espectadores sentarem-se. Esse elevador vai subindo e girando, lentamente, para que se possa ter uma visão de 360 graus da cidade. Passeio imperdível e muito divertido!
Mas o grande lance de Rotterdam é conhecer a Cube House, as casas em formato de cubo, criadas pelo arquiteto Piet Blom, em 1984. Trata-se de um condomínio no qual as casas têm formato de cubo. Mas em vez de no chão estar uma das superfícies do cubo, como seria de se supor, o que toca o solo é uma das pontas!!! Isso mesmo! E o mais louco de tudo é que é um condomínio "de verdade", as pessoas moram mesmo lá. Não é daquelas obras só "para mostrar" não... Um dos proprietários cobra 2,50 euros para quem quiser conhecer a casa por dentro e é óbvio que eu fui lá conferir a loucura de perto. É algo meio surreal... Não é desconfortável, mas é estranho... As escadas são horríveis, daquelas que ficam quase na vertical. Em alguns momentos é bom tomar muito cuidado para não bater a cabeça no teto! KKKKKKKK. A casa que visitamos tinha um quarto, um escritório, um banheiro, sala, cozinha e um terraço, lá no último andar. Por mais que eu descreva aqui não dá para se ter uma noção exata do que é a Cube House no cenário de Rotterdam, só visitando mesmo para conseguir entender!
Terminar o dia com um delicioso sorvete de creme misturado com pedaços de morango, cereja e chocolate, a caminho da estação, fechou com chave de ouro nossa passagem por essa cidade moderna e vibrante que é Rotterdam!
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