Pessoal, tô ficando desesperado... Não estou conseguindo saber qual é a igreja onde está a imagem original do Menino Jesus de Praga. Já entrei em todos os sites, já procurei no meu guia, já vi em todo canto e cada um diz uma coisa diferente. Já disseram que a imagem fica na Igreja do Menino Jesus de Praga, na Igreja de Nossa Senhora Vitoriosa, na Igreja de Nossa Senhora da Glória... Não sei mais o que fazer!!!
A minha angústia tem uma razão bem simples: o meu principal objetivo em ir à Praga é ver a imagem do Menino Jesus, a igreja onde ela está. Eu sei que Praga é conhecida como uma das cidades mais lindas do mundo, mas se eu fosse lá e só visse a imagem do MJP e voltasse para casa já estaria satisfeito.
O Menino Jesus de Praga é meu santo protetor, desde que nasci, aliás, antes mesmo de eu nascer. Fui batizado na Capela dele em Chorozinho, interior do CE, e a vida inteira ELE esteve ao meu lado. Tenho uma miniatura dele que não sai de perto de mim, que me acompanha onde vou, seja em uma viagem, um exame de saúde, ou para fazer uma prova importante.
Ai, ai, fortes emoções me aguardam nessa viagem... Mas antes eu PRECISO saber em qual igreja devo ir. Não consegui ainda fechar o roteiro por conta dessa dúvida... Se alguém souber de algo, por favor, grite!!!
quinta-feira, 27 de maio de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
Feriado em BCN
Depois que eu vim morar aqui foi que percebi que quem gosta mesmo de feriado são os espanhóis... Ontem, por exemplo, foi feriado aqui em Barcelona, por conta da "Segunda Páscoa". Vai saber o que significa isso...
Só sei que o povo tava todo no meio da rua (até porque o dia estava lindo!), metrôs, ruas, pontos turísticos, tudo cheio de gente. A fila para entrar na Sagrada Família dava voltar no quarteirão. Nessa hora eu pensei como é bom morar aqui e não precisar ser turista naquele momento! Rsrsrsrs.
O meu feriado foi de muito trabalho, mas também de momentos muito divertidos. A comissão organizadora do XV Seminário da APEC - Associação dos Pesquisadores e Estudantes Brasileiros na Catalunha (do qual eu faço parte) reuniu-se na casa da Cris para organizar detalhes do evento e para fazer a edição do livro do seminário. Cheguei lá 11 da manhã e fui embora mais de 9 da noite... A comissão trabalhou muito!!! Encaminhamos e fechamos várias coisas, mas também rimos demais! E comemos também! O Piau fez uma galinhada e um feijão preto de tirar o chapéu e a Manu fez uma farofa de banana maravilhosa. Estava tudo DELICIOSO!!! Só faltamos morrer de comer... E de sobremesa tinha cajuzinho, importado diretamente da Fortazeza Bela! A galera delirou com a iguaria cearense... A comilança foi tão grande que a gente quase não consegue vencer a preguiça e voltar ao batente. Mas, como somos responsáveis e queremos um evento bombante, ainda fizemos um bocado de coisa depois do almoço.
Enfim, o dia foi cansativo, mas muito produtivo, divertido e animado. Os organizadores quando se juntam, é risada garantida!
Só sei que o povo tava todo no meio da rua (até porque o dia estava lindo!), metrôs, ruas, pontos turísticos, tudo cheio de gente. A fila para entrar na Sagrada Família dava voltar no quarteirão. Nessa hora eu pensei como é bom morar aqui e não precisar ser turista naquele momento! Rsrsrsrs.
O meu feriado foi de muito trabalho, mas também de momentos muito divertidos. A comissão organizadora do XV Seminário da APEC - Associação dos Pesquisadores e Estudantes Brasileiros na Catalunha (do qual eu faço parte) reuniu-se na casa da Cris para organizar detalhes do evento e para fazer a edição do livro do seminário. Cheguei lá 11 da manhã e fui embora mais de 9 da noite... A comissão trabalhou muito!!! Encaminhamos e fechamos várias coisas, mas também rimos demais! E comemos também! O Piau fez uma galinhada e um feijão preto de tirar o chapéu e a Manu fez uma farofa de banana maravilhosa. Estava tudo DELICIOSO!!! Só faltamos morrer de comer... E de sobremesa tinha cajuzinho, importado diretamente da Fortazeza Bela! A galera delirou com a iguaria cearense... A comilança foi tão grande que a gente quase não consegue vencer a preguiça e voltar ao batente. Mas, como somos responsáveis e queremos um evento bombante, ainda fizemos um bocado de coisa depois do almoço.
Enfim, o dia foi cansativo, mas muito produtivo, divertido e animado. Os organizadores quando se juntam, é risada garantida!
domingo, 23 de maio de 2010
Ausência...
Nossa, agora foi que vi que passei uma semana inteira sem postar nada aqui... Desculpem, meus fiéis leitores, mas a semana foi punk de coisas para fazer... Dois capítulos de livros nos quais estou fazendo parte como autor (um deles em parceria com a Lourdoca:-), o resumo expandido com sumários dos tópicos de um terceiro capítulo de livro, o artigo em parceria com a orientadora no Brasil para um grande congresso internacional (que vai acontecer agora em julho em Portugal. Vou apresentar trabalho num GT com feras do mundo todo. [modo pânico] ligado!), as coisas da organização do seminário da APEC, enfim, a coisa pegou fogo... E essa semana que se inicia hoje também vai ser no mesmo estilo... Maaaaaaaaaaaassssssssssss, como eu sou filho de Deus e um rapaz bem comportado, minha recompensa virá sábado!!! Viajarei com dois amigos para Budapeste, Viena e Praga!!! 1 semana no Leste Europeu... MUITA EXPECTATIVA!!!
A troca!
Eu comprei uma coisa no Carrefour que não deu certo, daí voltei lá para fazer a troca. Cheguei lá, dirigi-me ao setor de atendimento ao cliente e disse que queria fazer uma troca. A moça disse que lá eles não fazem troca de produtos, mas devolvem o dinheiro. Daí eu entreguei o produto, a nota e, juro por Deus, em 15 segundos a mulher me devolveu a grana! Assim, sem burocracia, sem perguntas, sem cara feia, sem nada!!! No Brasil, além da má vontade no atendimento, eles só faltam te pedir para colocar o dedo em um leitor de digitais para fazer uma troca em uma grande loja de departamentos... Oh raiva que eu tinha quando precisava trocar algo na Renner ou na C&A, por exemplo... Aqui não!!! Ai, ai... nessas horas é que penso que nasci no lugar errado... Ainda bem que genes italianos circulam no meu sangue e eu sou quase um cidadão europeu (faz 6 anos que o consulado da Itália em Fortaleza me enrola, mas, segundo eles, na próxima "leva" de cidadanias oficializadas que vier da Itália vem a dos Barsi Lopes). Aí não vai ter quem me segure nessa tal de Zoropa!!! auhuhauahauahuahaua.
O Google Maps engana!!!
Algumas pessoas já tinham me falado sobre isso, mas foi a primeira vez que aconteceu comigo. Não que ele tenha errado a direção do endereço, mas ele deixou a entender que uma coisa era perto quando, na verdade, não era!!! Eu precisava ir no Centro Comercial Glories (o bom e velho shopping center), depois de resolver uma coisas perto do Arco do Triunfo (pensam que é só Paris que tem?! Se até Sobral tem o seu, imagina se aqui não teria também?! Huhauhuahuahuahuhua). Daí procurei no Google Maps e vi que dava para ir à pé perfeitamente, porque não era longe... O que??? Só faltei morrer de andar! Tá, tá, tô exagerando um pouco, mas andei bastante. Tanto que quando eu pedia informações na rua para saber se estava indo na direção correta as pessoas me olhavam com cara de surpresa, como quem tá pensando que o lugar não é muito perto. Mas o bom disso tudo foi andar pelas ruas de Barcelona... Isso de você ficar sempre andando de metrô, apesar de todas as vantagens em termos de conforto e rapidez, faz com que se acabe perdendo um pouco da beleza da cidade. Inclusive já me disseram "olha, quando estiver em Paris ande ou à pé ou de ônibus, porque de metrô você perde a noção da cidade como um todo, você deixa de ver as belezas das ruas". Recado anotado! Foi nessa minha andança pelas calles da capital catalã que eu passei na calçada da famosa Torre Agbar, aquele prédio peculiar, com um formato um tanto quanto estranho, que é a cara de Barcelona! Ok, Google Maps, tá perdoado!
domingo, 16 de maio de 2010
Tecnologia e identidade
É impressionante como as tecnologias da comunicação e da informação revolucionaram mesmo o mundo, aproximando pessoas, coisas e lugares de um modo inimaginável... Não, eu não estou iniciando um artigo sobre o Aldeia e o Encine, meus objetos de pesquisa no doutorado... E nem vou falar de todas as transformações trazidas pelo advento da Internet. Mas é que ontem aconteceu algo bem interessante...
Lembro que em 1998, ou seja, há 12 anos, minha mãe e minha irmã estavam nos Estados Unidos e no Canadá e iam perder as últimas 3 semanas da novela "Por Amor", do Manuel Carlos. Como elas tinham assistido toda a novela, não queriam perder os capítulos finais. Daí mamãe comprou as fitas VHS e eu gravei para elas as 3 semanas da novela que elas perderam, usando o bom e velho video cassete. Lembro que foram bem umas 4 ou 5 fitas, nas quais eu pregava os adesivos e escrevia "capítulos dos dias tal, tal, tal e tal".
Pois bem, ontem, um dia depois de ter sido exibido, eu assisti ao último capítulo de "Viver a Vida" todo no Youtube. Se quisesse poderia ter assistido a toda a novela, mas não quis (até porque a novela era meio chatinha... rsrsrs). Mas no dia seguinte qualquer pessoa do mundo inteiro que quisesse poderia assistir ao final da novela. Emocionei-me com o nascimento dos gêmeos da Luciana e do Miguel, fiquei com vergonha alheia pela decepção do casal Helena e Bruno, morri de rir das coisas da Isabel, fiquei impressionado com a história daquele maestro que apareceu no final... tudo isso somente um dia depois! Há doze anos foi preciso usar um aparelho de vídeo cassete e esperar a volta para casa para que mamãe e Luciana (acho que o leitor já sabe que são duas Luciana, né? A irmã e a noiva! hahahaha) pudessem ver o que tinha se passado na novela... Agora não!!! Algumas horas depois (às vezes até em tempo real) eu posso ver o que quiser do Brasil!!!
Daí eu fiquei pensando como a gente meio que não consegue se desligar do nosso país, né... Todos os dias eu entro no Globo.com e no UOL para ver as notícias do Brasil, todos os dias falo com pessoa do Brasil pelo Skype e pelo MSN, todos os dias penso no horário do Brasil "bem, se aqui são tal hora, lá no Brasil é tal", enfim, a gente não consegue e nem eu acho que deva cortar os vínculos...
Também não acho que devemos nos fechar na nossa identidade de brasileiro e viver aqui soh de corpo presente. É por isso que eu leio jornal espanhol, vejo televisão espanhola (mesmo que depois eu fale mal... rsrsrsrs) e procuro sugar tudo da cultura daqui que me seja possível ter acesso...
E isso é um aprendizado tão grande, uma experiência de vida tão incrível essa de você poder viver uma mescla, um hibridismo cultural, que só por isso já valeria a pena estar aqui. Sem esquecer que você é brasileiro. Sem esquecer que você está em Barcelona.
Lembro que em 1998, ou seja, há 12 anos, minha mãe e minha irmã estavam nos Estados Unidos e no Canadá e iam perder as últimas 3 semanas da novela "Por Amor", do Manuel Carlos. Como elas tinham assistido toda a novela, não queriam perder os capítulos finais. Daí mamãe comprou as fitas VHS e eu gravei para elas as 3 semanas da novela que elas perderam, usando o bom e velho video cassete. Lembro que foram bem umas 4 ou 5 fitas, nas quais eu pregava os adesivos e escrevia "capítulos dos dias tal, tal, tal e tal".
Pois bem, ontem, um dia depois de ter sido exibido, eu assisti ao último capítulo de "Viver a Vida" todo no Youtube. Se quisesse poderia ter assistido a toda a novela, mas não quis (até porque a novela era meio chatinha... rsrsrs). Mas no dia seguinte qualquer pessoa do mundo inteiro que quisesse poderia assistir ao final da novela. Emocionei-me com o nascimento dos gêmeos da Luciana e do Miguel, fiquei com vergonha alheia pela decepção do casal Helena e Bruno, morri de rir das coisas da Isabel, fiquei impressionado com a história daquele maestro que apareceu no final... tudo isso somente um dia depois! Há doze anos foi preciso usar um aparelho de vídeo cassete e esperar a volta para casa para que mamãe e Luciana (acho que o leitor já sabe que são duas Luciana, né? A irmã e a noiva! hahahaha) pudessem ver o que tinha se passado na novela... Agora não!!! Algumas horas depois (às vezes até em tempo real) eu posso ver o que quiser do Brasil!!!
Daí eu fiquei pensando como a gente meio que não consegue se desligar do nosso país, né... Todos os dias eu entro no Globo.com e no UOL para ver as notícias do Brasil, todos os dias falo com pessoa do Brasil pelo Skype e pelo MSN, todos os dias penso no horário do Brasil "bem, se aqui são tal hora, lá no Brasil é tal", enfim, a gente não consegue e nem eu acho que deva cortar os vínculos...
Também não acho que devemos nos fechar na nossa identidade de brasileiro e viver aqui soh de corpo presente. É por isso que eu leio jornal espanhol, vejo televisão espanhola (mesmo que depois eu fale mal... rsrsrsrs) e procuro sugar tudo da cultura daqui que me seja possível ter acesso...
E isso é um aprendizado tão grande, uma experiência de vida tão incrível essa de você poder viver uma mescla, um hibridismo cultural, que só por isso já valeria a pena estar aqui. Sem esquecer que você é brasileiro. Sem esquecer que você está em Barcelona.
Cultural, social, pessoal...
Esses dias tenho pensado muito em sujeira e em falta de higiene... É cada coisa que a gente vê por aqui... Daí eu fiquei, cá com os meus botões, pensando se a falta de preocupação com a limpeza é algo cultural ou é da pessoa mesmo... Quando uma pessoa é suja, será que ela é suja tendo consciência de que está sendo suja? Ou para ela isso que ela está fazendo é "normal"? Será que é algo da cultura de um determinado povo ter menos preocupações com questões de higiene ou isso não tem nada a ver, afinal existirão pessoas limpas e sujas em todos os lugares do mundo? É que eu vejo umas coisas que eu nunca vi no Brasil, NUNCA! E coisas que me chocam um pouco... Daí eu fico pensando como os outros nos vêem (a nós brasileiros)... O que eles acham do nosso costume de tomar banho todos os dias (muitas vezes mais de 1 vez ao dia), dentre outras coisas... Enfim, foi só um post filosófico, pensando alto, compartilhando inquietações com vocês...
Express
Quinta eu vi um jornal daqueles de ofertas do Carrefour e resolvi ir lá no dia seguinte dar uma olhada nas coisas. Eu sabia que nas Ramblas tem um Carrefour (apesar de nunca ter entrado lá), daí fui lá na sexta. Sendo que quando cheguei me dei conta de que era um "Carrefour Express", ou seja, não vendia de tudo (e a parte que eu procurava, estava incluída nesse "tudo"). O que tem mais lá são coisas relacionadas à alimentação e a produtos de higiene pessoal. Mas o que me impressionou foi que o lugar estava LOTADO de turistas, L-O-T-A-D-O. Você podia escutar todos os idiomas do mundo, menos o espanhol... rsrsrsrs. Mas é claro, né, a região das Ramblas é o point dos turistas, e para quem não quer gastar dinheiro em restaurante é uma ótima opção dar uma passadinha no supermercado e comprar comida antes de voltar para o hotel/pousada/albergue. Muitos jovens, muitos!!! Toneladas de rapazes e moças enchendo as cestinhas de sanduíches e bebidas... E as coisas são baratas mesmo... Aproveitei que estava lá para fazer umas comprinhas de comida (só besteira hahahaha). Comprei dois sanduíches, nove sushis e uma salada e me saiu sete euros!!! Achei super bom... Atenção turistas, se vierem para cá e quiserem economizar na alimentação é só dar uma passadinha nos supermercados que vocês terão umas comidas bem gostosinhas por preços excelentes!!! E eu acho que o carrefour devia me pagar alguma coisa por essa propaganda toda!!! Hehehehehe.
Programa brasileiro!
Hoje eu fiz um programa bem brasileiro com uns amigos aqui em Barcelona: praia + feijoada!!! Existe algo mais a cara do nosso país do que essa combinação??? Foi muito divertido! Algumas considerações:
Sobre a praia: estar na praia aqui é uma situação bem diferente, porque, muitas vezes, se cria todo aquele imaginário de que a Europa é séria, cinza e fria. Daí, de repente, você se vê numa praiona, com uma temperatura ótima e um céu azul lindo!!! A praia aqui não é como as nossas praias (em termos de beleza), mas para eles (e para o resto da Europa) deve ser um paraíso. O engraçado é que parece não haver uma "etiqueta" de como se deve ir à praia... Aqui você vai ver na praia gente de calça jeans e tênis; gente de bermuda, tênis e camiseta; gente de sunga; gente de biquine, gente de todo jeito... A areia da praia é ótima!!! Ela é mais grossa e mais pesada do que a nossa, daí você sai da praia, dá uma batida no pé e pronto, a areia sai toda!!! Não é preciso ficar com areia até nos cabelos até chegar em casa. Essa parte da areia foi o que achei de melhor, porque eu não suporto areia no meu corpo (Por que eles não gramam a praia toda, até chegar na água?! Rsrsrsrsrsrs). Fui de bermuda jeans, camiseta e havaianas, e fiquei deitado numa cadeira de pegar sol, porque estava fazendo um "exploratório" do ambiente. Na próxima incursão já vou trocar o jeans por uma bermuda de praia, e não vai ter cadeira para sentar, vai ser na areia mesmo!!! Em uma terceira visita, quem sabe, não rola até um banho de mar?! Mas mesmo para quem não vai ficar, de fato, na areia da praia, vale muuuuuuuuuuuuuuuuito a pena dar uma volta pela Barceloneta... É tudo muito lindo... a cor do mar, os iates nas marinas, o movimento no calçadão... É um programa imperdível!!!
Sobre a feijoada: a feijoada eu já tinha comido semana passada, mas a semana foi tão louca, com essa história da chamada para assumir a vaga no concurso, que acabei esquecendo de comentar. A feijoada rola numa festa brasileira, que tem todo os domingos, com direito a um sambinha ótimo! Quem faz a feijoada é a Mar, a catalã mais brasileira que eu conheço!!! Inclusive domingo passado eu comi de graça, a convite dela!!! A feijoada é de primeira qualidade, com direito a laranja, farofa e couve!!! Isso mesmo, até couve tem!!! Hoje a gente chegou 16:30 lá... Daí vocês imaginem a fome... Comi dois pratos enooooooormes da feijoada e, de quebra, ainda um churros de chocolate de uma confeitaria ao lado! Ai jesus, essa semana vai ser só na salada!!!
Enfim, o programa brasileiro em Barcelona foi bom demais, e certamente será repetido!!!
Sobre a praia: estar na praia aqui é uma situação bem diferente, porque, muitas vezes, se cria todo aquele imaginário de que a Europa é séria, cinza e fria. Daí, de repente, você se vê numa praiona, com uma temperatura ótima e um céu azul lindo!!! A praia aqui não é como as nossas praias (em termos de beleza), mas para eles (e para o resto da Europa) deve ser um paraíso. O engraçado é que parece não haver uma "etiqueta" de como se deve ir à praia... Aqui você vai ver na praia gente de calça jeans e tênis; gente de bermuda, tênis e camiseta; gente de sunga; gente de biquine, gente de todo jeito... A areia da praia é ótima!!! Ela é mais grossa e mais pesada do que a nossa, daí você sai da praia, dá uma batida no pé e pronto, a areia sai toda!!! Não é preciso ficar com areia até nos cabelos até chegar em casa. Essa parte da areia foi o que achei de melhor, porque eu não suporto areia no meu corpo (Por que eles não gramam a praia toda, até chegar na água?! Rsrsrsrsrsrs). Fui de bermuda jeans, camiseta e havaianas, e fiquei deitado numa cadeira de pegar sol, porque estava fazendo um "exploratório" do ambiente. Na próxima incursão já vou trocar o jeans por uma bermuda de praia, e não vai ter cadeira para sentar, vai ser na areia mesmo!!! Em uma terceira visita, quem sabe, não rola até um banho de mar?! Mas mesmo para quem não vai ficar, de fato, na areia da praia, vale muuuuuuuuuuuuuuuuito a pena dar uma volta pela Barceloneta... É tudo muito lindo... a cor do mar, os iates nas marinas, o movimento no calçadão... É um programa imperdível!!!
Sobre a feijoada: a feijoada eu já tinha comido semana passada, mas a semana foi tão louca, com essa história da chamada para assumir a vaga no concurso, que acabei esquecendo de comentar. A feijoada rola numa festa brasileira, que tem todo os domingos, com direito a um sambinha ótimo! Quem faz a feijoada é a Mar, a catalã mais brasileira que eu conheço!!! Inclusive domingo passado eu comi de graça, a convite dela!!! A feijoada é de primeira qualidade, com direito a laranja, farofa e couve!!! Isso mesmo, até couve tem!!! Hoje a gente chegou 16:30 lá... Daí vocês imaginem a fome... Comi dois pratos enooooooormes da feijoada e, de quebra, ainda um churros de chocolate de uma confeitaria ao lado! Ai jesus, essa semana vai ser só na salada!!!
Enfim, o programa brasileiro em Barcelona foi bom demais, e certamente será repetido!!!
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Eu fico!!!
As minhas aventuras na Espanha continuam e o blog também!!! Já pensou se eu tivesse que mudar o nome do blog de "Daniel na Espanha" para "Daniel no Cariri"??? Hahahahaha.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Vida louca vida...
É impressionante como algumas coisas na vida aparecem só para tirar o nosso juízo... Quando a gente está vivendo um mar de calmaria surge algo para nos balançar e mostrar que a vida parece que é mesmo feita de fortes emoções. Desde ontem minha cabeça está ligada a um fio condutor de 220v e eu simplesmente não consigo desligar...
Ano passado eu fiz um concurso para professor efetivo do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará – Campus Cariri e fui aprovado em segundo lugar. Perfeito! Eu já sabia que viria para Barcelona este ano e o concurso foi mais como um “teste” e uma experiência, já que eu nunca havia feito nenhuma seleção como essa.
Pois eis que agora a UFC conseguiu mais uma vaga de professor para o curso e ligaram ontem lá pra minha casa em Fortaleza me chamando para assumir em julho... Um cargo concursado, estável, de professor de uma universidade federal e com um bom salário... A razão me faz pensar assim. Mas a emoção, essa que a vida inteira eu tenho tentado apagar dos meus sentimentos e ocultar das minhas ações, me faz pensar na experiência indescritível que está sendo morar aqui, nas coisas que estou vivendo, nas pessoas que estou conhecendo, nos projetos nos quais estou envolvido, nas viagens que estou realizando (e nas que já tenho passagem comprada para realizar), no banho de cultura que estou tomando, enfim, em tudo o que o ano na Europa está trazendo para mim...
Todos me falam “ah, mas você é muito novinho, vai ter inúmeras outras oportunidades de concursos no futuro. E tem um currículo ótimo, vai ser muito fácil conseguir dar aulas nas universidades particulares enquanto o concurso não chega” ou então “Daniel, se você tivesse 40 anos eu diria para você aceitar, mas agora não vejo porque essa busca desenfreada por estabilidade, você tem um mundo de coisas boas te esperando em Barcelona”... Concordo com todas as opiniões que me foram dadas, mas a verdade é que nos dias de hoje você “esnobar” um cargo público, estável e com bom salário não é fácil, mesmo que seja para trabalhar em Juazeiro, que não é o sonho de consumo de ninguém em termos de cidade para se viver. E, apesar desse meu ar “cosmopolita”, eu tenho uns sonhos bem “provincianos” também, como, por exemplo, casar e ter filhos... Essa coisa de formar família, que parece meio em desuso nos dias de hoje, é um objetivo de vida. Não vejo a hora de passear no shopping empurrando um carrinho de bebê, segurando a sacola do moleque, entrando com ele na piscina de bolas, comprando suquinho de laranja para colocar na mamadeira...
Penso na segurança que esse cargo vai me trazer, mas ela, a bendita da emoção, me faz pensar nas cidades que eu ainda vou conhecer, nas amizades que ainda vou fazer, nos livros que ainda vou comprar, nas experiências que ainda vou viver, nos trabalhos que ainda vou desenvolver, na viagem de lua-de-mel antecipada à Paris com a Lu em setembro, enfim, em tudo o que eu programei para a minha vida até março do próximo ano.
Preferia mil vezes não ter sido obrigado a ter esta dúvida, mas, ao mesmo tempo, creio ser uma blasfêmia eu estar achando ruim ter uma dúvida entre duas possibilidades boas que se abriram para mim, enquanto um mundo de gente não tem opção alguma... sinto-me até privilegiado por poder escolher em uma situação social na qual os profissionais cada vez tem menos escolhas...
Em todos os meus embates razão x emoção a pobrecita da emoção perde, nem sei como ela ainda tem coragem de se manifestar dentro de mim (se fosse eu já teria me revoltado com tantos “foras”e teria feito voto de mudez). Mas hoje eu acho que, pela primeira vez, o Daniel metódico, racional, prático, objetivo e frio vai dar um voto de confiança à emoção.
O dinheiro imediato às vezes não é tudo... Será que ele compraria toda a bagagem de experiências que eu estou construindo aqui na Espanha, as pessoas de vários países que estou conhecendo, os projetos de pesquisa, a segurança de andar nas ruas sem medo? O dinheiro compra cultura, conhecimento, aprendizado e um título de doutorando-sanduíche da Universidade Autônoma de Barcelona? Essa é a grande pergunta que eu me faço desde ontem... Eu acho que não, mas uma resposta plena e convicta ainda não encontrei. Mas é preciso arriscar, né? E para mim, que sempre fui certinho e metódico em tudo, isso é um grande desafio.
O bom disso tudo é saber que os outros protagonistas da novela da minha vida (meus pais e a Luciana) me apoiaram na minha decisão, seja ela qual fosse. Papai e Luciana com seu jeito mais comedido e discreto, e mamãe mais explícita na sua torcida para que eu permaneça vivendo o meu sonho de Barcelona. Mas todos, cada um a seu modo, tentaram fazer com que tudo ficasse mais leve para mim...
Até às 17h do Brasil tem que sair o meu “comunicado oficial”, mas tô achando que um certo terceiro colocado, que já nem tinha esperanças, vai ganhar uma bela surpresa com um telefonema da UFC...
Ano passado eu fiz um concurso para professor efetivo do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará – Campus Cariri e fui aprovado em segundo lugar. Perfeito! Eu já sabia que viria para Barcelona este ano e o concurso foi mais como um “teste” e uma experiência, já que eu nunca havia feito nenhuma seleção como essa.
Pois eis que agora a UFC conseguiu mais uma vaga de professor para o curso e ligaram ontem lá pra minha casa em Fortaleza me chamando para assumir em julho... Um cargo concursado, estável, de professor de uma universidade federal e com um bom salário... A razão me faz pensar assim. Mas a emoção, essa que a vida inteira eu tenho tentado apagar dos meus sentimentos e ocultar das minhas ações, me faz pensar na experiência indescritível que está sendo morar aqui, nas coisas que estou vivendo, nas pessoas que estou conhecendo, nos projetos nos quais estou envolvido, nas viagens que estou realizando (e nas que já tenho passagem comprada para realizar), no banho de cultura que estou tomando, enfim, em tudo o que o ano na Europa está trazendo para mim...
Todos me falam “ah, mas você é muito novinho, vai ter inúmeras outras oportunidades de concursos no futuro. E tem um currículo ótimo, vai ser muito fácil conseguir dar aulas nas universidades particulares enquanto o concurso não chega” ou então “Daniel, se você tivesse 40 anos eu diria para você aceitar, mas agora não vejo porque essa busca desenfreada por estabilidade, você tem um mundo de coisas boas te esperando em Barcelona”... Concordo com todas as opiniões que me foram dadas, mas a verdade é que nos dias de hoje você “esnobar” um cargo público, estável e com bom salário não é fácil, mesmo que seja para trabalhar em Juazeiro, que não é o sonho de consumo de ninguém em termos de cidade para se viver. E, apesar desse meu ar “cosmopolita”, eu tenho uns sonhos bem “provincianos” também, como, por exemplo, casar e ter filhos... Essa coisa de formar família, que parece meio em desuso nos dias de hoje, é um objetivo de vida. Não vejo a hora de passear no shopping empurrando um carrinho de bebê, segurando a sacola do moleque, entrando com ele na piscina de bolas, comprando suquinho de laranja para colocar na mamadeira...
Penso na segurança que esse cargo vai me trazer, mas ela, a bendita da emoção, me faz pensar nas cidades que eu ainda vou conhecer, nas amizades que ainda vou fazer, nos livros que ainda vou comprar, nas experiências que ainda vou viver, nos trabalhos que ainda vou desenvolver, na viagem de lua-de-mel antecipada à Paris com a Lu em setembro, enfim, em tudo o que eu programei para a minha vida até março do próximo ano.
Preferia mil vezes não ter sido obrigado a ter esta dúvida, mas, ao mesmo tempo, creio ser uma blasfêmia eu estar achando ruim ter uma dúvida entre duas possibilidades boas que se abriram para mim, enquanto um mundo de gente não tem opção alguma... sinto-me até privilegiado por poder escolher em uma situação social na qual os profissionais cada vez tem menos escolhas...
Em todos os meus embates razão x emoção a pobrecita da emoção perde, nem sei como ela ainda tem coragem de se manifestar dentro de mim (se fosse eu já teria me revoltado com tantos “foras”e teria feito voto de mudez). Mas hoje eu acho que, pela primeira vez, o Daniel metódico, racional, prático, objetivo e frio vai dar um voto de confiança à emoção.
O dinheiro imediato às vezes não é tudo... Será que ele compraria toda a bagagem de experiências que eu estou construindo aqui na Espanha, as pessoas de vários países que estou conhecendo, os projetos de pesquisa, a segurança de andar nas ruas sem medo? O dinheiro compra cultura, conhecimento, aprendizado e um título de doutorando-sanduíche da Universidade Autônoma de Barcelona? Essa é a grande pergunta que eu me faço desde ontem... Eu acho que não, mas uma resposta plena e convicta ainda não encontrei. Mas é preciso arriscar, né? E para mim, que sempre fui certinho e metódico em tudo, isso é um grande desafio.
O bom disso tudo é saber que os outros protagonistas da novela da minha vida (meus pais e a Luciana) me apoiaram na minha decisão, seja ela qual fosse. Papai e Luciana com seu jeito mais comedido e discreto, e mamãe mais explícita na sua torcida para que eu permaneça vivendo o meu sonho de Barcelona. Mas todos, cada um a seu modo, tentaram fazer com que tudo ficasse mais leve para mim...
Até às 17h do Brasil tem que sair o meu “comunicado oficial”, mas tô achando que um certo terceiro colocado, que já nem tinha esperanças, vai ganhar uma bela surpresa com um telefonema da UFC...
domingo, 9 de maio de 2010
À minha mãe...
Sei que o objetivo do meu blog é falar sobre as experiências de vida aqui na Espanha, mas peço permissão aos meus leitores para hoje mudar o tema nesta postagem especial.
Hoje é o dia das mães aí no Brasil (aqui na Catalunya foi domingo passado) e este é o quinto ano seguido que não estou fisicamente com a minha mãe no dia dela. A vida é assim mesmo, as escolhas que a gente faz e os caminhos que percorre têm seus prós e contras. E os contras da minha caminhada rumo ao futuro que planejo para mim são estar longe da minha família em algumas datas tão preciosas como essa. O que eu faço para poder superar essas perdas é tentar mostrar à minha mãe que, na verdade, ela é importante para mim em todos os dias, e não somente 1 vez ao ano.
Acho que eu poderia escrever um livro inteiro sobre a minha mãe, tamanho é o meu conhecimento sobre ela. Seria um livro que falaria muito de amor, pois eu acho que é essa a palavra que melhor define a nossa relação. Como eu ainda não pude fazer esse livro (quem sabe um dia...) eu faço um post no meu blog.
Eu acho que a minha mãe foi mãe em todas as suas vidas passadas, porque ela exerce essa função com tanta perfeição e brilhantismo que eu não posso acreditar que ela tenha aprendido tudo isso em uma só vida. Ela é amorosa sem ser grudenta, preocupada sem ser obcecada, interessada sem ser enxerida, moderna sem abrir mão de certos valores, enfim, ela consegue passear com delicadeza e sabedoria pela tênue linha que separa cada um desses extremos.
Talvez seja por isso que a minha mãe foi mãe tão cedo, para que sua vocação pudesse ser aproveitada intensamente pelos 3 privilegiados filhos. Com apenas 21 anos ela já tinha um filho, e com 23 – uma menina ainda – ela já era mãe de um casal. Com uma trajetória de vida baseada no amor, esse sentimento foi sempre vivido de forma incondicional por ela. A minha mãe ama. Ama muito. E é extremamente amada também.
A minha mãe é mãe três vezes, e não porque ela têm 3 filhos, mas porque, além dos filhos, ela tem netos, e os ama de uma maneira sem igual, sendo uma avó sempre atenciosa e presente na vida deles. E, além dos filhos e dos netos, ela ainda é, muitas vezes, mãe do meu pai! Hahahaha.
Além de todas essas qualidades, a minha mãe ainda é uma mulher de muita coragem, uma vitoriosa, que sempre supera todos os obstáculos que a vida, algumas vezes, teima em nos trazer. Ela venceu com fé e bravura um câncer de mama há mais de dez anos, enfrentando de cabeça erguida um cenário de medo e tristeza. Ela era a mais sã de todos nós e, pasmem, era ela quem nos colocava para cima. Agora ela está vencendo mais um desafio. Depois de uma queda, de uma cirurgia e de mais duas outras cirurgias para corrigir a primeira (cujo médico (ir)responsável cometeu um erro), a minha mãe está voltando a andar!!! Sozinha, sem a ajuda de andador! E é uma emoção indescritível poder acompanhar tudo isso, mesmo que de longe. Eu nunca duvidei da sua garra e sempre tiver certeza de que isso aconteceria, mais cedo ou mais tarde.
A minha mãe é tão corajosa quanto coruja, e não experimentem falar perto dela que a unha do dedo mindinho do pé do Alexandre, da Luciana ou do Daniel é feia porque ela roda a baiana. Mas roda com classe, porque, acima de tudo, ela é uma mulher muito chique e elegante.
Eu e minha mãe somos extremamente ligados um ao outro. Quem sabe pelo fato de eu ser o filho caçula, 9 e 11 anos mais novo do que os outros dois, ou porque vivi sozinho em casa com ela e papai por sete anos. Talvez ela nunca teve que “se dividir” com relação a mim, como as mães muitas vezes fazem quando têm filhos com idades aproximadas. Ela sempre foi inteiramente minha. É esse amor imensurável que nos une que faz com que nos falemos todos os dias, desde o dia em que saí de casa para morar no Rio Grande do Sul, no início de 2006. A distância física nunca separou nossos corações e nossos pensamentos. E eu consigo saber se ela está chateada com alguma coisa já a partir da primeira palavra que ela pronuncia. Pelo “alô” da minha mãe eu sou capaz de dizer como ela está!
Mãe, como eu sei que você sempre dá uma lidinha no meu blog (sim, a minha mãe é antenada com as novas tecnologias e em 1996, quando poucas pessoas usavam a internet, ela já escrevia e-mails ao meu irmão, que mora desde esse ano nos EUA) resolvi fazer essa singela homenagem. Singela porque eu sei que você merece muito mais do que isso. Você, como eu já disse outras vezes, é a personificação da palavra MÃE. Te amo muito e não tenho vergonha alguma de escrever isso aos quatro cantos.
Também quero parabenizar outras três mães maravilhosas, e que eu acho que merecem todas as atenções na data de hoje (mas não só na data de hoje). Minha irmã, Luciana, mãe amorosa, que faz tudo pela felicidade do Pirra e do Teteus; minha cunhada, Cláudia, mãe dedicada, que não mede esforços em prol do bem-estar do Nanny; e minha sogra, Rita, mãe zelosa, sempre presente na vida dos filhos, e que me trata com todo amor e carinho. A esses 3 exemplos de mães tão especiais vão as minhas felicitações e os meus votos de muita paz, saúde e amor ao lado de seus rebentos.
E ao meu exemplo maior e mais completo do “ser mãe” vai o meu sincero agradecimento. Obrigado, mãe, por você significar tanta coisa para mim. Esse reconhecimento meu é tão somente fruto de algo conquistado dia após dia por você, durante todos esses anos, nas mais simples coisas do cotidiano. Conversar na varanda de casa com você e o papai, almoçarmos juntos na cozinha, falarmos por skype e deixarmos Barcelona bem pertinho de Fortaleza são coisas que valem mais do que qualquer tesouro para mim.
Com muito amor,
Daniel.
Barcelona, 9 de maio de 2010.
Hoje é o dia das mães aí no Brasil (aqui na Catalunya foi domingo passado) e este é o quinto ano seguido que não estou fisicamente com a minha mãe no dia dela. A vida é assim mesmo, as escolhas que a gente faz e os caminhos que percorre têm seus prós e contras. E os contras da minha caminhada rumo ao futuro que planejo para mim são estar longe da minha família em algumas datas tão preciosas como essa. O que eu faço para poder superar essas perdas é tentar mostrar à minha mãe que, na verdade, ela é importante para mim em todos os dias, e não somente 1 vez ao ano.
Acho que eu poderia escrever um livro inteiro sobre a minha mãe, tamanho é o meu conhecimento sobre ela. Seria um livro que falaria muito de amor, pois eu acho que é essa a palavra que melhor define a nossa relação. Como eu ainda não pude fazer esse livro (quem sabe um dia...) eu faço um post no meu blog.
Eu acho que a minha mãe foi mãe em todas as suas vidas passadas, porque ela exerce essa função com tanta perfeição e brilhantismo que eu não posso acreditar que ela tenha aprendido tudo isso em uma só vida. Ela é amorosa sem ser grudenta, preocupada sem ser obcecada, interessada sem ser enxerida, moderna sem abrir mão de certos valores, enfim, ela consegue passear com delicadeza e sabedoria pela tênue linha que separa cada um desses extremos.
Talvez seja por isso que a minha mãe foi mãe tão cedo, para que sua vocação pudesse ser aproveitada intensamente pelos 3 privilegiados filhos. Com apenas 21 anos ela já tinha um filho, e com 23 – uma menina ainda – ela já era mãe de um casal. Com uma trajetória de vida baseada no amor, esse sentimento foi sempre vivido de forma incondicional por ela. A minha mãe ama. Ama muito. E é extremamente amada também.
A minha mãe é mãe três vezes, e não porque ela têm 3 filhos, mas porque, além dos filhos, ela tem netos, e os ama de uma maneira sem igual, sendo uma avó sempre atenciosa e presente na vida deles. E, além dos filhos e dos netos, ela ainda é, muitas vezes, mãe do meu pai! Hahahaha.
Além de todas essas qualidades, a minha mãe ainda é uma mulher de muita coragem, uma vitoriosa, que sempre supera todos os obstáculos que a vida, algumas vezes, teima em nos trazer. Ela venceu com fé e bravura um câncer de mama há mais de dez anos, enfrentando de cabeça erguida um cenário de medo e tristeza. Ela era a mais sã de todos nós e, pasmem, era ela quem nos colocava para cima. Agora ela está vencendo mais um desafio. Depois de uma queda, de uma cirurgia e de mais duas outras cirurgias para corrigir a primeira (cujo médico (ir)responsável cometeu um erro), a minha mãe está voltando a andar!!! Sozinha, sem a ajuda de andador! E é uma emoção indescritível poder acompanhar tudo isso, mesmo que de longe. Eu nunca duvidei da sua garra e sempre tiver certeza de que isso aconteceria, mais cedo ou mais tarde.
A minha mãe é tão corajosa quanto coruja, e não experimentem falar perto dela que a unha do dedo mindinho do pé do Alexandre, da Luciana ou do Daniel é feia porque ela roda a baiana. Mas roda com classe, porque, acima de tudo, ela é uma mulher muito chique e elegante.
Eu e minha mãe somos extremamente ligados um ao outro. Quem sabe pelo fato de eu ser o filho caçula, 9 e 11 anos mais novo do que os outros dois, ou porque vivi sozinho em casa com ela e papai por sete anos. Talvez ela nunca teve que “se dividir” com relação a mim, como as mães muitas vezes fazem quando têm filhos com idades aproximadas. Ela sempre foi inteiramente minha. É esse amor imensurável que nos une que faz com que nos falemos todos os dias, desde o dia em que saí de casa para morar no Rio Grande do Sul, no início de 2006. A distância física nunca separou nossos corações e nossos pensamentos. E eu consigo saber se ela está chateada com alguma coisa já a partir da primeira palavra que ela pronuncia. Pelo “alô” da minha mãe eu sou capaz de dizer como ela está!
Mãe, como eu sei que você sempre dá uma lidinha no meu blog (sim, a minha mãe é antenada com as novas tecnologias e em 1996, quando poucas pessoas usavam a internet, ela já escrevia e-mails ao meu irmão, que mora desde esse ano nos EUA) resolvi fazer essa singela homenagem. Singela porque eu sei que você merece muito mais do que isso. Você, como eu já disse outras vezes, é a personificação da palavra MÃE. Te amo muito e não tenho vergonha alguma de escrever isso aos quatro cantos.
Também quero parabenizar outras três mães maravilhosas, e que eu acho que merecem todas as atenções na data de hoje (mas não só na data de hoje). Minha irmã, Luciana, mãe amorosa, que faz tudo pela felicidade do Pirra e do Teteus; minha cunhada, Cláudia, mãe dedicada, que não mede esforços em prol do bem-estar do Nanny; e minha sogra, Rita, mãe zelosa, sempre presente na vida dos filhos, e que me trata com todo amor e carinho. A esses 3 exemplos de mães tão especiais vão as minhas felicitações e os meus votos de muita paz, saúde e amor ao lado de seus rebentos.
E ao meu exemplo maior e mais completo do “ser mãe” vai o meu sincero agradecimento. Obrigado, mãe, por você significar tanta coisa para mim. Esse reconhecimento meu é tão somente fruto de algo conquistado dia após dia por você, durante todos esses anos, nas mais simples coisas do cotidiano. Conversar na varanda de casa com você e o papai, almoçarmos juntos na cozinha, falarmos por skype e deixarmos Barcelona bem pertinho de Fortaleza são coisas que valem mais do que qualquer tesouro para mim.
Com muito amor,
Daniel.
Barcelona, 9 de maio de 2010.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Por las calles...
Tem uma coisa muito engraçada nos endereços de Barcelona, bem diferente do que estamos acostumados a ver no Brasil. Aqui a numeração dos imóveis nas ruas vai seguindo os números um a um. Diferentemente do que acontece nas cidades brasileiras, que os números vão pulando, por exemplo, do 345 para o 352, depois para o 359 e daí por diante, aqui é tudo sequenciado. Rua tal, n. 1, n. 2, n 3, n. 4, n. 5 e assim por diante. Por isso é tão difícil você achar um endereço aqui cujo número do imóvel seja tipo 657, por exemplo. Porque para chegar nesta numeração tem que ser uma rua enooooooooooooooooooooorme, com, no mínimo, 657 imóveis.
Apesar de ser bem fácil localizar os endereços com esse tipo de numeração que existe aqui, as placas das ruas são suuuper pequenas, mas pequenas mesmo, daquelas que você tem que chegar bem pertinho para poder enxergar. E o pior, não é em toda esquina que tem placa não... Muitas vezes a pessoa tem que andar um bocadinho para achar uma bendita placa. Como quem tem boca vai à Roma, eu uso a boa e velha comunicação oral para saber onde estou, quando as placas não favorecem a minha localização. Saio perguntando mesmo onde fica a rua tal, como faço para chegar em tal lugar, que rua é aquela onde estou... Não corro o risco de me perder e ainda hablo com os nativos! Hehehehehe.
Apesar de ser bem fácil localizar os endereços com esse tipo de numeração que existe aqui, as placas das ruas são suuuper pequenas, mas pequenas mesmo, daquelas que você tem que chegar bem pertinho para poder enxergar. E o pior, não é em toda esquina que tem placa não... Muitas vezes a pessoa tem que andar um bocadinho para achar uma bendita placa. Como quem tem boca vai à Roma, eu uso a boa e velha comunicação oral para saber onde estou, quando as placas não favorecem a minha localização. Saio perguntando mesmo onde fica a rua tal, como faço para chegar em tal lugar, que rua é aquela onde estou... Não corro o risco de me perder e ainda hablo com os nativos! Hehehehehe.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
No metrô...
Acho que quando eu voltar ao Brasil tenho que dar um de Janice Caiafa* e escrever um livro sobre as minhas experiências no metrô de Barcelona... Cada viagem rende uma novela, cada vagão, um fato. Já entro no metrô procurando a próxima atração!
Sábado à noite estava eu no metrô, indo encontrar uns amigos, quando vejo entrar aquela turma com umas dez moças, de seus 25 anos, mais ou menos. Todas usavam uma faixa rosa, tipo aquelas de miss, tinham um enfeite na cabeça, também rosa, e levavam nas mãos um negócio que se assemelhava a um buquê de pirulitos. Todas com os adereços exatamente iguais. Eu bem que tentei, curioso como sou, ler o que tinha escrito na faixa, mas tava com uma letra meio pequena e as criaturas também não paravam quietas, dificultando a leitura (fora que o texto não era em espanhol, mas em inglês). Havia só uma delas que estava vestida diferente, pois usava um véu branco, desses de noiva.
Foi quando elas começaram a gritar "quem vai se casaaaar??? Mariiiia!!!" foi que eu deduzi que a turma estava indo comemorar a despedida de solteira de uma amiga. Essas meninas aprontaram tanto neste metrô que vocês não fazem idéia... Tiraram 1 milhão de fotos, dançaram e, principalmente, gritaram... o tal gritinho de guerra foi entoado assim umas 50 vezes, cada vez mais alto. Elas foram a atração do vagão!!! E eu morrendo de rir da comédia! Até que na Plaza Catalunya, estação-point de Barcelona, elas desceram e foram gritando e anunciando que a Maria ia se casar... E eu continuei no metrô pensando no quanto essas meninas ainda iam aprontar aquela noite! Coitado do noivo, viu...
* Nota para os não-introduzidos ao "encantado mundo da comunicação": Janice Caiafa é antropóloga e professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da UFRJ e é conhecida, dentre outras coisas, por seus livros sobre experiências em ônibus e metrôs na cidade do Rio de Janeiro.
Sábado à noite estava eu no metrô, indo encontrar uns amigos, quando vejo entrar aquela turma com umas dez moças, de seus 25 anos, mais ou menos. Todas usavam uma faixa rosa, tipo aquelas de miss, tinham um enfeite na cabeça, também rosa, e levavam nas mãos um negócio que se assemelhava a um buquê de pirulitos. Todas com os adereços exatamente iguais. Eu bem que tentei, curioso como sou, ler o que tinha escrito na faixa, mas tava com uma letra meio pequena e as criaturas também não paravam quietas, dificultando a leitura (fora que o texto não era em espanhol, mas em inglês). Havia só uma delas que estava vestida diferente, pois usava um véu branco, desses de noiva.
Foi quando elas começaram a gritar "quem vai se casaaaar??? Mariiiia!!!" foi que eu deduzi que a turma estava indo comemorar a despedida de solteira de uma amiga. Essas meninas aprontaram tanto neste metrô que vocês não fazem idéia... Tiraram 1 milhão de fotos, dançaram e, principalmente, gritaram... o tal gritinho de guerra foi entoado assim umas 50 vezes, cada vez mais alto. Elas foram a atração do vagão!!! E eu morrendo de rir da comédia! Até que na Plaza Catalunya, estação-point de Barcelona, elas desceram e foram gritando e anunciando que a Maria ia se casar... E eu continuei no metrô pensando no quanto essas meninas ainda iam aprontar aquela noite! Coitado do noivo, viu...
* Nota para os não-introduzidos ao "encantado mundo da comunicação": Janice Caiafa é antropóloga e professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da UFRJ e é conhecida, dentre outras coisas, por seus livros sobre experiências em ônibus e metrôs na cidade do Rio de Janeiro.
domingo, 2 de maio de 2010
A TV na Espanha... 2
Algumas vezes eu ainda me espanto com as coisas que as pessoas fazem na/da televisão... (talvez porque eu sou muito crédulo!). Eu tinha a ilusão de que a TV aqui na Espanha fosse menos espetaculosa do que aí no Brasil, mas a realidade é outra. Acho que aqui as coisas conseguem ser ainda piores. Semana passada estava eu almoçando e vendo o telejornal da rede cuatro. De repente eu vejo a chamada para a "reportagem" do próximo bloco, sobre um prostíbulo temático aqui na Espanha. Isso mesmo, vocês não estão lendo errado, a matéria, dita jornalística, seria sobre um, digamos, bordel temático. Daí no bloco seguinte aparece o "repórter" andando pelo lugar, mostrando toda a gama de temas da decoração, com salas tailandesas, africanas e, óbvio, brasileiras. Um PS breve: assisti a uma palestra sobre mulher brasileira e migração na qual a expositora dizia que as cubanas se denominam brasileiras no "mercado" da prostituição espanhol para valorizar seus "cachês". Bem, isso foi só uma digressão. Voltando à reportagem, o cara saiu mostrando todo o bordel, tendo como guia uma das garotas de programa, cujo rosto ficava encoberto por aqueles mosaicos. Algo assim bem "Brasil Urgente" com Datena. E o repórter ainda foi chamado ao vivo ao estúdio do jornal para contar a experiência de ter visitado o lugar (que, se não me engano, fica em Málaga). O diálogo entre apresentadora e repórter não poderia ser pior... nada mais vazio e sem sentido do que ele contando o quão interessante havia sido fazer a matéria. Eu fico me perguntando o que acrescenta ao telespectador ver esse tipo de assunto no telejornal. Porque o tema pode ser super interessante e divertido, mas para ser exibido em um programa segmentado, em outro horário.
E, para fechar com chave de ouro, a apresentadora anunciou com pompa e circunstância que segunda-feira (amanhã) o telejornal completará tantos anos (não me recordo quantos) e que, para comemorar (sim, ela usou exatamente essa expressão), será exibida uma matéria "exclusiva" sobre o caso Madeleine McCann, aquela menina inglesa que sumiu em Portugal faz uns poucos anos. COMO ASSIM vai exibir uma história trágica para comemorar alguma coisa?!?!?!?!?! Mesmo que o caso Madeleine já tenha sido completamente banalizado pela ultra, mega, giga, power exposição na mídia, é ultrajante você escutar alguém dizendo que uma reportagem sobre a menina vai ser usada para comemorar algo.
Saudaaaaaaaaaaaaades da Globo...
E, para fechar com chave de ouro, a apresentadora anunciou com pompa e circunstância que segunda-feira (amanhã) o telejornal completará tantos anos (não me recordo quantos) e que, para comemorar (sim, ela usou exatamente essa expressão), será exibida uma matéria "exclusiva" sobre o caso Madeleine McCann, aquela menina inglesa que sumiu em Portugal faz uns poucos anos. COMO ASSIM vai exibir uma história trágica para comemorar alguma coisa?!?!?!?!?! Mesmo que o caso Madeleine já tenha sido completamente banalizado pela ultra, mega, giga, power exposição na mídia, é ultrajante você escutar alguém dizendo que uma reportagem sobre a menina vai ser usada para comemorar algo.
Saudaaaaaaaaaaaaades da Globo...
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