sexta-feira, 30 de abril de 2010
hablar, parlar, "speakar"...
Tava eu hoje na fila do caixa no fast-food pensando que esses funcionários de loja, restaurante, lanchonete, etc. aqui em Barcelona têm que ser verdadeiros poliglotas! O povo chega no caixa falando em inglês, francês, italiano, o idioma que lhe der na veneta... E o pior (aliás, o melhor, né?!) é que os caixas respondem na língua deles... Claro que isso não quer dizer que eles falem fluentemente cada um desses idiomas, mas as coisas básicas eles sabem. Fico pensando se chegasse alguém no McDonald`s lá da Washington Soares falando francês o que é que o pobre do funcionário ia fazer!!! Kkkkkkkkk. Mas é sério, quando a gente tá na região das Ramblas o que menos se escuta é castellano/catalão... Às vezes eu páro e me pergunto se estou mesmo na Espanha ou em algum outro país. O inglês predomina, tanto que em muitos lugares as placas são em castellano, catalão e inglês, mas o francês não fica muito atrás. Enfim, quem quiser trabalhar em fast-food aqui (dia desses encontrei uma funcionária de Recife no KFC) vai voltar pro Brasil poliglota! :P
Paraíso!!!
Aqui em Barcelona tem uma livraria só de Comunicação!!! Isso mesmo, uma livraria inteira só com títulos da área... Uma estante inteira para obras de publicidade, outra para cinema, outra para jornalismo, outra para mídia & cultura e por aí vai... Ou seja, um verdadeiro oásis para um comunicólogo como eu! Da minha listinha de 4 livros só não achei 1, mas o simpático dono já se prontificou a fazer o pedido e anotou meu mail para me avisar quando a obra chegar. O preço não é a coisa mais maravilhosa do mundo (a livraria que tem na UAB é mais barata), mas seria perfeição demais aquele paraíso ainda ter livros baratos...
Vic
Ontem eu passei o dia com uns colegas em Vic, uma cidadezinha linda aqui na Catalunya. Fomos apresentar trabalho em um congresso sobre o processo de formação do conhecimento. O evento foi produzido pela Faculdade de Educação, mas como a Comunicação trabalha em interdisciplinaridade com esta área havia alguns artigos do meu campo, coisas bem interessantes. Teve uma apresentação de um projeto de "histórias de vida de mulheres migrantes" que foi uma coisa belíssima, de fazer muita gente na platéia chorar de emoção. Aquelas mulheres contando sobre toda a transformação pessoal pela qual passaram depois de entrar no projeto, mostrando como foram se descobrindo, como foram percebendo que não haviam nascido só para arrumar a casa, que seu valor não era pequeno... Foi uma experiência muito legal assistir a esse "taller" (como é chamado aqui esse tipo de apresentação), até porque na Comunicação utilizamos inúmeras vezes as história de vida como procedimento metodológico.
A universidade é uma graça e o evento foi todo super organizado. Os lanches estavam excepcionais... tanto tipo de sanduíche, queijos, tortinhas, bolinhos, coisas típicas daqui, tudo maravilhoso!
E a minha apresentação foi bem legal... Depois de tantas vezes apresentando artigo em congresso a gente já naturaliza o processo, mas apresentar para um certo público falando em espanhol ainda me causa um pouco de nervosismo... mas quem me assistiu disse que eu respeitei muito bem a língua-mãe dos espanhóis :P
A universidade é uma graça e o evento foi todo super organizado. Os lanches estavam excepcionais... tanto tipo de sanduíche, queijos, tortinhas, bolinhos, coisas típicas daqui, tudo maravilhoso!
E a minha apresentação foi bem legal... Depois de tantas vezes apresentando artigo em congresso a gente já naturaliza o processo, mas apresentar para um certo público falando em espanhol ainda me causa um pouco de nervosismo... mas quem me assistiu disse que eu respeitei muito bem a língua-mãe dos espanhóis :P
Chocado!
Hoje eu tava no metrô umas 18:20, por aí. Quando vejo uns caras entrando no vagão. Um deles levava um pozinho branco na mão. Depois que se ajeitou começou a enrolar o tal pó em uns pedacinhos de papel, fez vários rolinhos e foi guardando. Tudo assim, descaradamente, à luz do dia, em pleno metrô de Barcelona. Nunca tinha visto um negócio desses na vida (e olha que eu conheço outras grandes metrópoles como NY, Chicago, Toronto, Montreal), assim de forma tão explicita e em meio a um mundo de gente, de todas as idades. Tudo bem que eu ainda não conheço Amsterdã, mas já dou por visto o que vou encontrar por lá! Eu não faço idéia do que seja o tal pó, mas pra mim (que sou completamente analfabeto no mundo das drogas) pó branco = cocaína! Caretice minha ou não eu não sei... O que sei é que fiquei de cara com a naturalidade do sujeito...
terça-feira, 27 de abril de 2010
Domingo no parque...
Domingo um colega dos tempos em que eu trabalhava em agência de publicidade em Fortaleza me chamou para irmos ao Parque de la Ciutadella. Fomos eu, ele, a namorada dele e uns amigos. Foi um dia muito divertido! Primeiro porque foi a primeira vez aqui que eu sai de bermuda e camiseta, sem casaco!!! Que saudade que eu tava da praticidade de andar sem casaco. Segundo porque o parque é bem legal. Terceiro porque o grupo é ótimo e eu me dei super bem com todos.
A "cultura do parque" não é nenhuma novidade para mim, afinal vivi 4 anos no Rio Grande do Sul e perdi a conta de quantas vezes estive na Redenção aos domingos. Mas para quem vem de uma cidade como Fortaleza (ou outra que tenha praia) direto para cá, sem essa experiência em uma cidade sem litoral, é bastante surpreendente ver milhares de pessoas usando um parque... gente jogando bola, criança correndo, cachorro correndo, gente lendo, gente dormindo na grama, gente com roupa, gente sem roupa (calma, é brincadeira!!! gente de biquine), enfim, um sem-número de tipos aproveitando o domingão no parque.
O que me impressiona é que aqui também tem praia!!! Ou seja, as pessoas não vão ao parque por falta de opção, como acontecia em Porto Alegre. Como eu não sou fã de praia ainda não fui conferir o litoral catalão, então não posso dizer o que rola por lá. Mas mesmo sem gostar, ir à praia está nas minhas anotações do que fazer por aqui, afinal é preciso conhecer a cidade onde se vive, né?! Mas ir à praia, suar, ficar cheio de areia e ter que voltar para casa de metrô não deve ser auspicioso, hein... :-P
A "cultura do parque" não é nenhuma novidade para mim, afinal vivi 4 anos no Rio Grande do Sul e perdi a conta de quantas vezes estive na Redenção aos domingos. Mas para quem vem de uma cidade como Fortaleza (ou outra que tenha praia) direto para cá, sem essa experiência em uma cidade sem litoral, é bastante surpreendente ver milhares de pessoas usando um parque... gente jogando bola, criança correndo, cachorro correndo, gente lendo, gente dormindo na grama, gente com roupa, gente sem roupa (calma, é brincadeira!!! gente de biquine), enfim, um sem-número de tipos aproveitando o domingão no parque.
O que me impressiona é que aqui também tem praia!!! Ou seja, as pessoas não vão ao parque por falta de opção, como acontecia em Porto Alegre. Como eu não sou fã de praia ainda não fui conferir o litoral catalão, então não posso dizer o que rola por lá. Mas mesmo sem gostar, ir à praia está nas minhas anotações do que fazer por aqui, afinal é preciso conhecer a cidade onde se vive, né?! Mas ir à praia, suar, ficar cheio de areia e ter que voltar para casa de metrô não deve ser auspicioso, hein... :-P
A cachorrada espanhola!
Se tem uma cidade lotada de cachorro essa cidade é Barcelona! Acho que todo mundo aqui tem um cão em casa. Aliás, em casa não, na rua!!! É porque aqui cachorro é igual a gente... anda de metrô, entra em loja, anda em elevador "social", usa os parques, as praças, enfim, eles só não fazem é ficar em casa! Eu não sou propriamente um fã de cachorro (odeio a expressão "tenha medo não, ele não morde"), mas devo confessar que aqui os cachorros são muito civilizados. Eles não latem, não avançam, não fazem cara feia, eles simplesmente te ignoram. Já estive dentro de um elevador com um cachorro enorme grudado praticamente em mim. E eu só esperando a mordida... Mas que nada, ele não deu um "au". Sei que aqui no prédio tem um monte de cão, mas NUNCA escutei o latido de nenhum deles... Só sei que eles existem quando os vejo na área interna do condomínio. Deve ser por isso que eu sou tão fã da Molly, a cachorra da Denise (que me ignorou completamente na primeira vez que me viu). É que a Molly é catalã, uma cadela de primeiro mundo!!!
Pena que no Brasil tem tanto cachorro chato, espetaculoso e sem educação... Vou continuar não tendo muita paciência com o mundo cão.
Pena que no Brasil tem tanto cachorro chato, espetaculoso e sem educação... Vou continuar não tendo muita paciência com o mundo cão.
Manual da vestimenta
Vem chegando o verão e a preocupação da prefeitura de Barcelona é evitar que as pessoas, especialmente os turistas, saiam "desnudos" pelas ruas da cidade. Já está sendo feita a campanha, que inclui folhetos distribuídos nos hotéis e nas ruas, pedindo que os homens não saiam sem camisa e que as mulheres não andem por aí só de biquene. E na matéria no jornal da TV apareceu um monte de gente andando mesmo pelas calles só de bermuda (no caso dos homens) e de biquine (no caso das mulheres. Mas a maioria tava de short). Não gosto de exageros... Sou super a favor que as pessoas andem mais leves quando a temperatura pede isso, mas aqui tem praia, né... Então, quem não ta aguentando de calor corra pra Barceloneta, estire a toalha na areia e fique à vontade. Mas na rua vamos colocar uma camiseta, né... Não faz mal e nem mata!
5 vezes ao dia
Tá dando o que falar aqui na Espanha as declarações do ministro da saúde brasileiro José Gomes Temporão, que afirmou que, dentre outras prática, para combater a hipertensão deve-se fazer sexo 5 vezes ao dia! Já passou uma reportagem sobre isso no jornal da manhã e outra agora no jornal da noite, inclusive com uma enquete nas ruas com os espanhóis perguntando o que eles acham da sugestão... Hahahahaha. Esse Brasil, sempre bombando!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
San Jordi
Aqui na Catalunha as datas comemorativas são bem diferentes quando comparamos com o Brasil. O dia dos pais é em 19 de março, o das mães é no primeiro domingo de maio, o Natal só é comemorado no dia 25 de dezembro e hoje... bem, hoje é o dia dos namorados.
Devia ser proibido haver dia dos namorados quando namorados, noivos, casados estão separados por um oceano... Mas enfim, fazer o que?! O que eu sei é que hoje é o dia de San Jordi, e a tradição diz que o rapaz dá uma rosa à namorada e ela retribui com um livro. Confesso que achei meio injusta a troca para o lado das mulheres... hehehehe.
Mas até de manhã cedo eu não fazia idéia de que dia era hoje. Foi a Luciana quem me disse. A bichinha, crente que ia ganhar um parabéns pelo dia dos namorados na Espanha e foi ela mesma quem teve que me dizer o que significa o dia de hoje por aqui. :P
Mas logo depois a Othita chegou em casa e foi a primeira coisa que ela me disse. Mais tarde recebi um mail da Denise me dizendo sobre a data de hoje. Como a Othita me disse que la nas Ramblas ficava cheio de bancas vendendo livros a ótimos preços eu fui lá dar uma conferida.
Quando cheguei lá tava muito, muito, muito cheio. A Rambla parecia uma mar de gente, mal dava para andar... Os livros a gente via a quilômetros de distância. Confesso que fiquei meio agoniado com aquela muvuca toda. Mas o bom é que, apesar de ser um dia para os namorados, a festa é aproveitada por todos, solteiros, crianças, bebês, doutorandos-cujas-noivas-estão-do-outro-lado-do-Atlântico... Tudo o que eu não precisava era ficar vendo só casais alegres e apaixonados... :P
Algumas coisas que me chamaram muito a atenção...
1) As bancas segmentadas. Tinha banca só com livros infantis, outra banca "revolucionária", só com livros sobre marxismo, comunismo, socialismo, etc. Tinha uma banca só com livros sobre sexo!!! Obras como "Sexo Lésbico", "Nossos pais não sabem", dentre outro títulos peculiares que fariam os moralistas arrepiarem os cabelos! Huahauhuahua.
2) Uma passeata com separatistas fervoros, que ainda insistem na lenga-lenga que a Catalunha deve se separar do resto da Espanha. (É, deu para perceber que eu não tenho muita paciência com separatismo... Devem ter sido os 4 anos no Rio Grande do Sul que me deixaram meio intransigente com essa temática).
3) Umas rosas azuis super bonitas que eu vi! Nunca tinha visto uma rosa azul de verdade!!! Não eram o Rafael e a Serena, em "Alma Gêmea" (sim, eu assisto novela, com muito orgulho!) que queriam produzir a rosa azul?! Pois alguem avise a eles que ela já existe aqui em Barcelona!
Foi uma experiência interessante... No metrô e nas ruas havia muita gente com rosas. Eu só não vi foi muito cara com livro na mão. A mulherada aqui parece que tá com a mão fechada para presentear o namorado... Hehehehe.
Devia ser proibido haver dia dos namorados quando namorados, noivos, casados estão separados por um oceano... Mas enfim, fazer o que?! O que eu sei é que hoje é o dia de San Jordi, e a tradição diz que o rapaz dá uma rosa à namorada e ela retribui com um livro. Confesso que achei meio injusta a troca para o lado das mulheres... hehehehe.
Mas até de manhã cedo eu não fazia idéia de que dia era hoje. Foi a Luciana quem me disse. A bichinha, crente que ia ganhar um parabéns pelo dia dos namorados na Espanha e foi ela mesma quem teve que me dizer o que significa o dia de hoje por aqui. :P
Mas logo depois a Othita chegou em casa e foi a primeira coisa que ela me disse. Mais tarde recebi um mail da Denise me dizendo sobre a data de hoje. Como a Othita me disse que la nas Ramblas ficava cheio de bancas vendendo livros a ótimos preços eu fui lá dar uma conferida.
Quando cheguei lá tava muito, muito, muito cheio. A Rambla parecia uma mar de gente, mal dava para andar... Os livros a gente via a quilômetros de distância. Confesso que fiquei meio agoniado com aquela muvuca toda. Mas o bom é que, apesar de ser um dia para os namorados, a festa é aproveitada por todos, solteiros, crianças, bebês, doutorandos-cujas-noivas-estão-do-outro-lado-do-Atlântico... Tudo o que eu não precisava era ficar vendo só casais alegres e apaixonados... :P
Algumas coisas que me chamaram muito a atenção...
1) As bancas segmentadas. Tinha banca só com livros infantis, outra banca "revolucionária", só com livros sobre marxismo, comunismo, socialismo, etc. Tinha uma banca só com livros sobre sexo!!! Obras como "Sexo Lésbico", "Nossos pais não sabem", dentre outro títulos peculiares que fariam os moralistas arrepiarem os cabelos! Huahauhuahua.
2) Uma passeata com separatistas fervoros, que ainda insistem na lenga-lenga que a Catalunha deve se separar do resto da Espanha. (É, deu para perceber que eu não tenho muita paciência com separatismo... Devem ter sido os 4 anos no Rio Grande do Sul que me deixaram meio intransigente com essa temática).
3) Umas rosas azuis super bonitas que eu vi! Nunca tinha visto uma rosa azul de verdade!!! Não eram o Rafael e a Serena, em "Alma Gêmea" (sim, eu assisto novela, com muito orgulho!) que queriam produzir a rosa azul?! Pois alguem avise a eles que ela já existe aqui em Barcelona!
Foi uma experiência interessante... No metrô e nas ruas havia muita gente com rosas. Eu só não vi foi muito cara com livro na mão. A mulherada aqui parece que tá com a mão fechada para presentear o namorado... Hehehehe.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Senso de oportunidade
Admiro muito as pessoas/empresas que têm senso de oportunidade e inteligência para aproveitar situações repentinas a seu favor. Estava eu dentro do metrô em Madrid, indo para o aeroporto, quando vejo um cara com um cartaz dizendo assim: "Paris de trem por 150 euros. Agência de turismo tal, fone tal". Em pleno cenário de total instabilidade nos aeroportos por conta do tal vulcão, quem realmente tivesse urgência de ir à Paris certamente anotaria o telefone da agência para ligar caso chegasse ao aeroporto e seu vôo para a França estivesse cancelado. Um cartaz simples, de cartolina mesmo, mas que faria toda a diferença para quem precisasse do serviço (principalmente aqueles que não moram em Madrid e que, portanto, não saberiam onde achar com facilidade uma agência de viagens) e para quem quisesse vender as passagens.
Em compensação, quando cheguei em Toledo estava chuviscando. Era um chuvisco fininho, mas daqueles que enchem o saco se você está sem guarda-chuva. Mas eu pensei "Ahhh, cidade turística no final de semana... com certeza vai ter gente na porta da rodoviária vendendo guarda-chuva". Tivemos (eu e todos os outros turistas do ônibus) que andar creio que uma meia hora até encontrar um lugar que vendesse "paraguas" (guarda-chuva em espanhol). Essa falta de visão de mercado me irrita às vezes. Aqui o povo morre de falar mal dos chineses, mas são eles que estão lá sempre encontrando uma brecha para ganhar uma graninha. Mas nesse dia em Toledo nem os chineses quiseram amparar os pobres turistas... hauhuahuah. Sorte que a chuva foi embora logo!
Em compensação, quando cheguei em Toledo estava chuviscando. Era um chuvisco fininho, mas daqueles que enchem o saco se você está sem guarda-chuva. Mas eu pensei "Ahhh, cidade turística no final de semana... com certeza vai ter gente na porta da rodoviária vendendo guarda-chuva". Tivemos (eu e todos os outros turistas do ônibus) que andar creio que uma meia hora até encontrar um lugar que vendesse "paraguas" (guarda-chuva em espanhol). Essa falta de visão de mercado me irrita às vezes. Aqui o povo morre de falar mal dos chineses, mas são eles que estão lá sempre encontrando uma brecha para ganhar uma graninha. Mas nesse dia em Toledo nem os chineses quiseram amparar os pobres turistas... hauhuahuah. Sorte que a chuva foi embora logo!
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Albergue espanhol
Calma, calma, não é sobre o filme que eu vou falar... hehehe.
Eu já tinha ficado em hostel, mas é como se nunca tivesse estado em um, pois o que fiquei na Argentina era super pequeno e familiar, e o meu grupo de pesquisa, com quem eu tinha ido para apresentar trabalho em um seminário, praticamente havia fechado o lugar.
Como o Pádua está de mudança e já tinha entregue o apartamento dele eu resolvi ficar num hostel. Confesso que estava um pouco temeroso com essa novidade de ficar em um albergue "de verdade", mas minha impressão, no final da viagem, não poderia ter sido melhor.
O hostel era sensacional!!! A começar pela localização. Andando levava uns 5 minutos até a Plaza Mayor. Fora o metrô, que ficava ao lado. Staff super atencioso e agradável, ambientes super limpos, hóspedes educados...
Acho que esse pessoal que tem costume de rodar o mundo inteiro e ficar em albergue parece que vai construindo uma espécie de um "código de conduta", uma etiqueta para hospedar-se em hostels. Tarde da noite ninguém acende mais a luz. Os mais expertos andam com umas lanterninhas (vou já comprar a minha). Eu usava a luz do celular. Ninguém conversa também... Se há varios espaços de convivência no albergue, para que se vai conversar no quarto e acordar as pessoas? Qualquer coisa que se use da cozinha depois se lava, não tem nenhum "gaiato" que deixa as coisas para os outros lavarem. Tomou banho? Tem um esfregão no banheiro para deixar o chão seco. Enfim, tudo funciona perfeitamente e eu posso dizer que dormi lá tão bem quanto durmo aqui em casa. E isso é fundamental para você acordar disposto no dia seguinte e poder aproveitar a cidade.
E uma dica para quem quiser ficar em hostels: reservar a partir desses grandes sites que agregam vários hostels e ler as resenhas sobre o hostel que você tá interessado. Lendo as resenhas conseguimos descobrir muitos "podres" que os albergues obviamente não publicam em seus sites.
Eu já tinha ficado em hostel, mas é como se nunca tivesse estado em um, pois o que fiquei na Argentina era super pequeno e familiar, e o meu grupo de pesquisa, com quem eu tinha ido para apresentar trabalho em um seminário, praticamente havia fechado o lugar.
Como o Pádua está de mudança e já tinha entregue o apartamento dele eu resolvi ficar num hostel. Confesso que estava um pouco temeroso com essa novidade de ficar em um albergue "de verdade", mas minha impressão, no final da viagem, não poderia ter sido melhor.
O hostel era sensacional!!! A começar pela localização. Andando levava uns 5 minutos até a Plaza Mayor. Fora o metrô, que ficava ao lado. Staff super atencioso e agradável, ambientes super limpos, hóspedes educados...
Acho que esse pessoal que tem costume de rodar o mundo inteiro e ficar em albergue parece que vai construindo uma espécie de um "código de conduta", uma etiqueta para hospedar-se em hostels. Tarde da noite ninguém acende mais a luz. Os mais expertos andam com umas lanterninhas (vou já comprar a minha). Eu usava a luz do celular. Ninguém conversa também... Se há varios espaços de convivência no albergue, para que se vai conversar no quarto e acordar as pessoas? Qualquer coisa que se use da cozinha depois se lava, não tem nenhum "gaiato" que deixa as coisas para os outros lavarem. Tomou banho? Tem um esfregão no banheiro para deixar o chão seco. Enfim, tudo funciona perfeitamente e eu posso dizer que dormi lá tão bem quanto durmo aqui em casa. E isso é fundamental para você acordar disposto no dia seguinte e poder aproveitar a cidade.
E uma dica para quem quiser ficar em hostels: reservar a partir desses grandes sites que agregam vários hostels e ler as resenhas sobre o hostel que você tá interessado. Lendo as resenhas conseguimos descobrir muitos "podres" que os albergues obviamente não publicam em seus sites.
Uma experiência low cost
Viajando para Madrid inaugurei meus usos de vôos low cost na Europa. Foi uma experiência ótima! A gente paga tão pouco pela passagem que fica achando que vai viajar de "Fusca que voa" (segundo costuma falar meu amigo Luciano, quando se refere à brasileira Webjet, que tantas vezes o levou de P. Alegre à Aracajú). Pois bem, o saldo da viagem foi mais do que positivo: pontualidade britânica na ida e na volta, atendimento super atencioso no check-in, avião novo, revista de bordo, tudo nos conformes! Agora uma coisa é verdade, a água realmente custa 2 euros e para embarcar mala paga-se 20 euros. Mas isso da mala não será um problema para mim.
Mas não ache que vai poder colocar a casa inteira na bagagem de mão porque não vai dar certo... Eles são SUPER rigorosos com o peso e o volume do que vai dentro do avião. Se sua sacola/mala não couber no medidor de volume que eles têm no check-in, F****, você vai ter que embarcar a bagagem.
Enfim, as low cost que me aguardem! Não tenho problema algum em passar sede por umas horinhas... hehehehe.
Mas não ache que vai poder colocar a casa inteira na bagagem de mão porque não vai dar certo... Eles são SUPER rigorosos com o peso e o volume do que vai dentro do avião. Se sua sacola/mala não couber no medidor de volume que eles têm no check-in, F****, você vai ter que embarcar a bagagem.
Enfim, as low cost que me aguardem! Não tenho problema algum em passar sede por umas horinhas... hehehehe.
Toledo
Toledo é uma cidade linda, linda, linda (poderia escrever mais dez vezes "linda" e ainda assim não seria o suficiente). Sabe uma cidade cenográfica?! Daquelas que parecem que foram construídas para um filme ou uma novela? Pois Toledo é assim... Passei um dia lá, um dia absolutamente intenso, que me fazia perguntar se eu ainda teria pernas e pés depois de tantas ladeiras e escadas, subidas e descidas. Toledo foi durante muito tempo a capital, e a "sede" do catolicismo não estava em Madrid, mas sim lá. Por isso a quantidade de igrejas belíssimas e gigantes, verdadeiros templos. Mas Toledo também era conhecida por sua tolerância religiosa, e há na cidade inúmeras sinagogas e mesquitas, cada uma mais bonita e cheia de História do que a outra.
As ruelas, a arquitetura medieval, a murada, as ruínas... é tudo muito lindo, pois forma um cenário muito distinto do que estamos habituados a ver no Brasil. Só de pensar que você está em uma igreja que foi construída no século X ou em uma mesquita do século XV, por exemplo, já te dá uma sensação muito doida...
Quem tiver em Madrid não deixe de ir dar uma conferida em Toledo... são só 50 min. de viagem e as paisagens são muito marcantes.
As ruelas, a arquitetura medieval, a murada, as ruínas... é tudo muito lindo, pois forma um cenário muito distinto do que estamos habituados a ver no Brasil. Só de pensar que você está em uma igreja que foi construída no século X ou em uma mesquita do século XV, por exemplo, já te dá uma sensação muito doida...
Quem tiver em Madrid não deixe de ir dar uma conferida em Toledo... são só 50 min. de viagem e as paisagens são muito marcantes.
Madrid
Madrid é uma grande cidade! Não somente porque ela é espacialmente grande, mas porque sua agitação é grande, seu ar cosmopolita é grande e a quantidade de coisas que têm para se fazer lá é enorme! Valeu muito a pena minha visita à cidade e cada minuto nela foi muito bem aproveitado.
Plaza Mayor, Puerta del Sol, Parque del Retiro, Grand Vía... Era meio surreal estar alí, naqueles lugares que eu já tinha visto tantas vezes em revistas, jornais, filmes, etc.
O Palácio Real é uma coisa inacreditável... É de um luxo, de uma riqueza, de uma suntuosidade que simplesmente não dá para descrever, pois qualquer tentativa será redutora. Os tapetes, os lustres, os papéis de parede, os móveis... Nunca vi tanto luxo na minha vida!
Ver a Guernica, de Picasso, no Reina Sofia e As Meninas, de Velazquez, no Prado foi outra experiência inesquecível. Os dois museus são excepcionais, e você não passa menos de 3 horas em cada um deles. Se for olhar tudo detalhadamente pode programar umas seis horas para cada. Dalí, Goya, Rubens, Miró... São muitos os artistas a ver nos dois espaços. Você sai dos museus até meio tonto de tanto conhecimento, de tanto brilhantismo que se vê lá dentro.
Um agradecimento especial ao Pádua, que passou todos os dias passeando comigo, me mostrando tudo. Tivemos ótimos momentos de cerveja, tapas (tira-gosto) e conversas nos bares de Madrid. Isso sem falar que ele é um verdadeiro guia da cidade! Outro agradecimento vai para a Celene, colega e namorada do Fred, que eu já havia conhecido em P. Alegre. Celene e eu passeamos um bocado e tivemos um almoço muito divertido, cheio de bons papos. Sem vocês minha viagem não teria sido a mesma...
Voltei com os pés cortados de tanto andar... mas faria tudo de novo! Foi uma viagem incrível!
Plaza Mayor, Puerta del Sol, Parque del Retiro, Grand Vía... Era meio surreal estar alí, naqueles lugares que eu já tinha visto tantas vezes em revistas, jornais, filmes, etc.
O Palácio Real é uma coisa inacreditável... É de um luxo, de uma riqueza, de uma suntuosidade que simplesmente não dá para descrever, pois qualquer tentativa será redutora. Os tapetes, os lustres, os papéis de parede, os móveis... Nunca vi tanto luxo na minha vida!
Ver a Guernica, de Picasso, no Reina Sofia e As Meninas, de Velazquez, no Prado foi outra experiência inesquecível. Os dois museus são excepcionais, e você não passa menos de 3 horas em cada um deles. Se for olhar tudo detalhadamente pode programar umas seis horas para cada. Dalí, Goya, Rubens, Miró... São muitos os artistas a ver nos dois espaços. Você sai dos museus até meio tonto de tanto conhecimento, de tanto brilhantismo que se vê lá dentro.
Um agradecimento especial ao Pádua, que passou todos os dias passeando comigo, me mostrando tudo. Tivemos ótimos momentos de cerveja, tapas (tira-gosto) e conversas nos bares de Madrid. Isso sem falar que ele é um verdadeiro guia da cidade! Outro agradecimento vai para a Celene, colega e namorada do Fred, que eu já havia conhecido em P. Alegre. Celene e eu passeamos um bocado e tivemos um almoço muito divertido, cheio de bons papos. Sem vocês minha viagem não teria sido a mesma...
Voltei com os pés cortados de tanto andar... mas faria tudo de novo! Foi uma viagem incrível!
quinta-feira, 15 de abril de 2010
O conto da cigana...
Essa era para eu ter contado desde que cheguei de Zaragoza, mas acabou passando...
Estava eu saindo da belíssima Catedral de Nossa Senhora do Pilar. Othita, Javier, Sheyla e Dete estavam ainda na lojinha de souvenirs, mas eu não tinha visto nada que me agradasse, daí resolvi sair logo para aproveitar o clima e a paisagem da linda Zaragoza.
Pois estou eu lá na Praça quando me aparece uma cigana me dando um raminho (era sábado de Páscoa), dizendo que era um "regalo" (presente em espanhol). Eu, tonto e bocó, aceitei, pensando "nossa, que gentil". Aí a criatura vem e me cobra umas moedas (me deu uma raiva, me senti em Salvador, cidade na qual eu mais me senti explorado na vida!). E eu, mais tonto ainda, dou uma moeda para a diaba da cigana. Não me perguntem porque eu fiz isso... sei lá, acho que quando a gente tá em outro país fica meio inibido para algumas coisas. O que eu sei é que a cigana se empolgou com a tal moeda que eu dei e ficou me puxando, querendo porque querendo ler a minha mão e eu dizendo que não, que não queria, e puxando a mão de volta. Daí eu sai e a cigana gritou "tens uma morena na tua vida!"... Pelo menos ela acertou, né?!
Daí eu contei aos meus companheiros de viagem o sucedido e eles disseram que não é mesmo para deixar as ciganas lerem as nossas mãos, porque enquanto uma está segurando as suas mãos vem outra por trás e puxa a carteira...
É... aqui na Espanha também tem dessas coisas!
Estava eu saindo da belíssima Catedral de Nossa Senhora do Pilar. Othita, Javier, Sheyla e Dete estavam ainda na lojinha de souvenirs, mas eu não tinha visto nada que me agradasse, daí resolvi sair logo para aproveitar o clima e a paisagem da linda Zaragoza.
Pois estou eu lá na Praça quando me aparece uma cigana me dando um raminho (era sábado de Páscoa), dizendo que era um "regalo" (presente em espanhol). Eu, tonto e bocó, aceitei, pensando "nossa, que gentil". Aí a criatura vem e me cobra umas moedas (me deu uma raiva, me senti em Salvador, cidade na qual eu mais me senti explorado na vida!). E eu, mais tonto ainda, dou uma moeda para a diaba da cigana. Não me perguntem porque eu fiz isso... sei lá, acho que quando a gente tá em outro país fica meio inibido para algumas coisas. O que eu sei é que a cigana se empolgou com a tal moeda que eu dei e ficou me puxando, querendo porque querendo ler a minha mão e eu dizendo que não, que não queria, e puxando a mão de volta. Daí eu sai e a cigana gritou "tens uma morena na tua vida!"... Pelo menos ela acertou, né?!
Daí eu contei aos meus companheiros de viagem o sucedido e eles disseram que não é mesmo para deixar as ciganas lerem as nossas mãos, porque enquanto uma está segurando as suas mãos vem outra por trás e puxa a carteira...
É... aqui na Espanha também tem dessas coisas!
terça-feira, 13 de abril de 2010
Mais uma do supermercado...
Vocês vão acahar que é implicância minha com o supermercado, mas não é... Ele é muito barato, de verdade, mas acho que um mercadinho de Tabuleiro do Norte (CE) deve ter mais noção de endomarketing do que o Lidl (supermercado onde faço compras aqui).
1) No final de semana as saladas prontas que eu compro (as folhas de alface, acelga, repolho, etc. já cortadas e limpas) sempre estão em falta... e quando tem são só os restos. Também vejo várias outras prateleiras vazias...
2) Eles mudam os produtos de lugar dentro do supermercado!!! O arroz um dia tá numa ponta e na semana seguinte tá no extremo oposto. Os biscoitos, coitados, esses já passearam por todas as prateleiras do Lidl... toda semana é uma verdadeira "caça ao tesouro" para ver onde eles estão escondidos...
3) Quando, cansado de procurar, a gente vai perguntar onde está tal coisa, os simpáticos atendentes, que com certeza devem ter tido anos de treinamento para lidar com o público, só fazem apontar, a quilômetros de distância, "é bem alí...".
Ai, ai... é nessas horas que eu tenho saudade do Extra, do Bourbon, do Nacional, do São Luiz... Só não tenho do Pão de Açúcar, porque não gosto de me sentir assaltado, e do Big, porque aquilo é uma bagaceira!
1) No final de semana as saladas prontas que eu compro (as folhas de alface, acelga, repolho, etc. já cortadas e limpas) sempre estão em falta... e quando tem são só os restos. Também vejo várias outras prateleiras vazias...
2) Eles mudam os produtos de lugar dentro do supermercado!!! O arroz um dia tá numa ponta e na semana seguinte tá no extremo oposto. Os biscoitos, coitados, esses já passearam por todas as prateleiras do Lidl... toda semana é uma verdadeira "caça ao tesouro" para ver onde eles estão escondidos...
3) Quando, cansado de procurar, a gente vai perguntar onde está tal coisa, os simpáticos atendentes, que com certeza devem ter tido anos de treinamento para lidar com o público, só fazem apontar, a quilômetros de distância, "é bem alí...".
Ai, ai... é nessas horas que eu tenho saudade do Extra, do Bourbon, do Nacional, do São Luiz... Só não tenho do Pão de Açúcar, porque não gosto de me sentir assaltado, e do Big, porque aquilo é uma bagaceira!
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Brasileiro? Latino? Os dois? Nenhum dos dois?
Eu já tinha lido algo a respeito num livro organizado por Denise, Amparo (minhas duas orientadoras, a de lá e a de cá) e María, sobre Comunicações e Migrações, mas foi aqui que vi a coisa na prática. Na Espanha o brasileiro é identificado como brasileiro, mas o colombiano, o peruano, o boliviano, o equatoriano, etc. são chamados de latinos. Isso mesmo, para eles nós não somos latinos, ou, pelo menos, não somos categorizados dessa forma no cotidiano. Não sei se pelas dimensões continentais do nosso país, ou por uma certa importância geopolítica e econômica no cenário mundial, ou, talvez o motivo mais óbvio, que somos os único na América Latina a falar o português, o que sei é que aqui se é do Brasil é festa brasileira, comida brasileira, música brasileira, e se é de qualquer outro pais da A. L. é festa, comida, música, etc. latina.
Estava conversando hoje com um colega colombiano e ele me disse que os coletivos brasileiros aqui são super organizados. De fato, até associação nós temos, com mais de 800 membros filiados. Esse colega me disse que desconhece iniciativas deste tipo de coletivos de outros países da América Latina.
Não sei se socialmente isso é bom ou é ruim, o que eu sei é que prefiro ser identificado como brasileiro do que como latino. Não por achar que ser latino seja algo ruim (até porque eu sou, os espanhóis querendo ou não!), mas porque prefiro ser nomeado como oriundo de um país do que como parte de tooodo um bloco de países. E por acaso colombiano, peruano ou chileno são tudo a mesma coisa? Claro que não! Nem dentro de um mesmo país somos iguais, imagine dentro de um mesmo continente! Enfim, é interessante pensar sobre essa "diferenciação" que tem o brasileiro por aqui...
Estava conversando hoje com um colega colombiano e ele me disse que os coletivos brasileiros aqui são super organizados. De fato, até associação nós temos, com mais de 800 membros filiados. Esse colega me disse que desconhece iniciativas deste tipo de coletivos de outros países da América Latina.
Não sei se socialmente isso é bom ou é ruim, o que eu sei é que prefiro ser identificado como brasileiro do que como latino. Não por achar que ser latino seja algo ruim (até porque eu sou, os espanhóis querendo ou não!), mas porque prefiro ser nomeado como oriundo de um país do que como parte de tooodo um bloco de países. E por acaso colombiano, peruano ou chileno são tudo a mesma coisa? Claro que não! Nem dentro de um mesmo país somos iguais, imagine dentro de um mesmo continente! Enfim, é interessante pensar sobre essa "diferenciação" que tem o brasileiro por aqui...
O sobrenome na Espanha
Comprei uma passagem pela internet. Daí, quando chega no meu mail o bilhete eletrônico eu vejo escrito BARSI/Daniel. De cara eu pensei "epa, isso tá errado!", afinal é o último sobrenome o que vem escrito nas passagens aéreas. Fiquei pensando se tinha ficado brôco de vez e estava confundindo os sobrenomes agora... Depois me lembrei que aqui na Espanha (e em outro países latinos) o sobrenome do meio é que é o do pai, e não o da mãe, como no Brasil. É ele quem passa de pai para filho... estranho, né?! Então, aqui na Espanha, o BARSI é o sobrenome que vem nas identificações, porque para eles esse é o sobrenome do meu pai! Bem, com esta informação muito bem guardada na cabeça já não corro mais o risco de me assustar na compra das próximas passagens... :-P
Compartir el piso
Antes de chegar aqui confesso que estava bem apreensivo com esse lance de dividir um apartamento. Na verdade eu achava que isso seria a grande "provação" da minha estadia na Espanha: dividir meu local de moradia com outras pessoas. Para quem nunca teve que dividir o quarto com o irmão e quando saiu de casa para viver em outro Estado morou por 4 anos em um apartamento sozinho essa nova situação domiciliar que me aguardava me deixava bastante tenso. "Será que eu vou me acostumar?" era a pergunta que frequentemente rondava a minha cabeça.
Mas tive a grande sorte de dividir o apartamento com duas pessoas que têm um acessório cada vez mais difícil de vir de fábrica... NOÇÃO! É essa tal de noção (que, graças aos céus, eu também tenho) que faz com que ninguém faça barulho à noite, ninguém mexa no que não é seu, ninguém deixe sujo ou desarrumado os ambientes compartilhados, enfim, é esse opcional cada vez mais em falta no mercado (a noção) que faz com que uma convivência possa ser saudável e pacífica.
Está sendo uma experiência ótima essa de dividir um apartamento pela primeira vez na vida. Principalmente por me proporcionar esse aprendizado de compartilhar as coisas, distinguindo onde terminam os direitos e começam os deveres. Escutar música alta? Não mais... Acumular louça na pia? Não rola... Enfim, essas aprendizagen são essenciais também.
Isso sem falar que os meus companheiros de piso saem muuuito cedo de casa e voltam tarde da noite, portanto, caso eu resolva passar o dia em casa estudando, é como se eu ainda morasse sozinho. E no final de semana, que é quando nos encontramos de fato, tenho companhias, seja para almoçar, para ver alguma coisa na televisão ou para sair.
Enfim, a aventura de compartilhar uma casa tem dado super certo. Mas acho que isso envolve um pouco de sorte, porque escuto cada história dos meus colegas brasileiros que já dividiram apartamento... Gente que não queria que o outro desse descarga de madrugada, gente que todo dia levava uma pessoa diferente para o quarto, gente que deixava o banheiro imundo ou que simplesmente não levava o lixo para baixo... Acho que a sorte tem me acompanhado por aqui! Hehehehe.
Mas tive a grande sorte de dividir o apartamento com duas pessoas que têm um acessório cada vez mais difícil de vir de fábrica... NOÇÃO! É essa tal de noção (que, graças aos céus, eu também tenho) que faz com que ninguém faça barulho à noite, ninguém mexa no que não é seu, ninguém deixe sujo ou desarrumado os ambientes compartilhados, enfim, é esse opcional cada vez mais em falta no mercado (a noção) que faz com que uma convivência possa ser saudável e pacífica.
Está sendo uma experiência ótima essa de dividir um apartamento pela primeira vez na vida. Principalmente por me proporcionar esse aprendizado de compartilhar as coisas, distinguindo onde terminam os direitos e começam os deveres. Escutar música alta? Não mais... Acumular louça na pia? Não rola... Enfim, essas aprendizagen são essenciais também.
Isso sem falar que os meus companheiros de piso saem muuuito cedo de casa e voltam tarde da noite, portanto, caso eu resolva passar o dia em casa estudando, é como se eu ainda morasse sozinho. E no final de semana, que é quando nos encontramos de fato, tenho companhias, seja para almoçar, para ver alguma coisa na televisão ou para sair.
Enfim, a aventura de compartilhar uma casa tem dado super certo. Mas acho que isso envolve um pouco de sorte, porque escuto cada história dos meus colegas brasileiros que já dividiram apartamento... Gente que não queria que o outro desse descarga de madrugada, gente que todo dia levava uma pessoa diferente para o quarto, gente que deixava o banheiro imundo ou que simplesmente não levava o lixo para baixo... Acho que a sorte tem me acompanhado por aqui! Hehehehe.
domingo, 11 de abril de 2010
1 mês em Barcelona...
Hoje faz exatamente um mês que cheguei aqui... Aquela frase "parece que foi ontem..." definitivamente não expressa a situação, porque realmente não parece que foi ontem que eu cheguei. Eu já fiz tanta coisa aqui, tanta coisa já aconteceu, tantos lugares já foram visitados, tantas descobertas já foram feitas que parece que faz mais de 1 mês. E a saudade das pessoas queridas que ficaram no Brasil também não é uma saudade de 1 mês, é saudade de 1 ano... Se pudesse carregava todos para cá! Todo mundo fazendo doutorado-sanduíche, mestrado-sanduíche ou simplesmente sanduíche (e vendendo lá na Praça Catalunya a 1 euro, cada!)!!! Hehehehehe.
Barcelona me recebeu de braços abertos, e graças a ELE, aquele que realmente tudo pode, e, claro, ao Menino Jesus de Praga, tudo tem dado certo para mim aqui, TUDO! E eu estou muito feliz!
Obrigado a todos que comentam o meu blog, aos que dão aquela passadinha por aqui, mas acabam não comentando, aos que mandam recado no Orkut dizendo que gostam de ler o que escrevo aqui. E obrigado, principalmente, aqueles que torcem por mim e ficam felizes com cada uma das minhas aventuras por aqui!!!
Beijos e abraços,
Daniel na Espanha!
Barcelona me recebeu de braços abertos, e graças a ELE, aquele que realmente tudo pode, e, claro, ao Menino Jesus de Praga, tudo tem dado certo para mim aqui, TUDO! E eu estou muito feliz!
Obrigado a todos que comentam o meu blog, aos que dão aquela passadinha por aqui, mas acabam não comentando, aos que mandam recado no Orkut dizendo que gostam de ler o que escrevo aqui. E obrigado, principalmente, aqueles que torcem por mim e ficam felizes com cada uma das minhas aventuras por aqui!!!
Beijos e abraços,
Daniel na Espanha!
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Migração e Multiculturalismo
Acho que pela primeira vez na vida estou conseguindo ter uma noção das dimensões do fenômeno da migração da sociedade contemporânea... Quando que eu poderia me imaginar jantando com uma chilena, uma mexicana, uma espanhola, uma argentina e um colombiano, fora uma brasileira? Sem contar que eu moro com um colombiano e com uma equatoriana. Aqui tem gente de toda parte do mundo, e não é uma coisa restrita ao circuito turístico, falo de pessoas do mundo todo que MORAM aqui.
Pouco antes da Páscoa fui em um lugar que penso que seja algo como a "Polícia Federal" daqui, para solicitar meu NIE (que é a autorização para o extrangeiro morar em Barcelona). O susto começou quando vi a fila na rua... Enorme! Eles chamam de 50 em 50 para entrar no prédio, pegar a senha e esperar para ser atendido. Quando eu estava na fila já haviam chamado uma "leva" de 50, eu estava no segundo grupo. E quando sai havia uma outra "leva" para entrar. Ou seja, só nesse dia foram, no mínimo, cerca de 150 pessoas de outros países pedindo essa autorização. Na verdade o número pode ser bem maior, pois não faço idéia de quantos grupos eles chamam por dia.
Lá dentro do prédio, com a senha na mão, comecei a observar as pessoas em volta... negros, brancos, amarelos, louros, morenos, com olhos puxados, sem olhos puxados, novos, velhos, crianças, gente com todo tipo de feição. Como eu sou curioso comecei a tentar ver os nomes escritos nos passaportes... República Dominicana, Perú, Colombia e alguns com uma escrita que eu não entendia (japonês, árabe, etc.).
Fico me perguntando o que essa gente toda quer aqui... Será que é só melhorar de vida? Será que é um desejo de liberdade, de viver em outro país? Será que é para estudar, como eu? Enfim, nesse contato apenas do olhar não deu para responder às minhas inquietudes.
Mas com os migrantes (colegas brasileiros, colegas da UAB, colegas dos colegas) os quais eu tenho ultrapassado o contato apenas do olhar e tenho conversado me chama atenção a variedade de situação que essas pessoas vivem cotidianamente em seus processos migratórios. Tem gente rica sustentada por pai e mãe, tem gente que juntou o dinheiro para pagar o curso, mas para se manter aqui tem que cortar um dobrado, tem gente que tem bolsa (a minoria), tem gente que fica indo e voltando, enfim, tem gente de tudo quanto é jeito por aqui... E eu tenho gostado de conhecer toda essa gente. Filosofando um pouco (tá, eu tinha prometido que não ia filosofar, mas é só dessa vez), é conhecendo os outros que conhecemos a nós próprios, né? É assim que se configuram as identidades... E as identidades aqui em Barcelona são verdadeiramente múltiplas!
Pouco antes da Páscoa fui em um lugar que penso que seja algo como a "Polícia Federal" daqui, para solicitar meu NIE (que é a autorização para o extrangeiro morar em Barcelona). O susto começou quando vi a fila na rua... Enorme! Eles chamam de 50 em 50 para entrar no prédio, pegar a senha e esperar para ser atendido. Quando eu estava na fila já haviam chamado uma "leva" de 50, eu estava no segundo grupo. E quando sai havia uma outra "leva" para entrar. Ou seja, só nesse dia foram, no mínimo, cerca de 150 pessoas de outros países pedindo essa autorização. Na verdade o número pode ser bem maior, pois não faço idéia de quantos grupos eles chamam por dia.
Lá dentro do prédio, com a senha na mão, comecei a observar as pessoas em volta... negros, brancos, amarelos, louros, morenos, com olhos puxados, sem olhos puxados, novos, velhos, crianças, gente com todo tipo de feição. Como eu sou curioso comecei a tentar ver os nomes escritos nos passaportes... República Dominicana, Perú, Colombia e alguns com uma escrita que eu não entendia (japonês, árabe, etc.).
Fico me perguntando o que essa gente toda quer aqui... Será que é só melhorar de vida? Será que é um desejo de liberdade, de viver em outro país? Será que é para estudar, como eu? Enfim, nesse contato apenas do olhar não deu para responder às minhas inquietudes.
Mas com os migrantes (colegas brasileiros, colegas da UAB, colegas dos colegas) os quais eu tenho ultrapassado o contato apenas do olhar e tenho conversado me chama atenção a variedade de situação que essas pessoas vivem cotidianamente em seus processos migratórios. Tem gente rica sustentada por pai e mãe, tem gente que juntou o dinheiro para pagar o curso, mas para se manter aqui tem que cortar um dobrado, tem gente que tem bolsa (a minoria), tem gente que fica indo e voltando, enfim, tem gente de tudo quanto é jeito por aqui... E eu tenho gostado de conhecer toda essa gente. Filosofando um pouco (tá, eu tinha prometido que não ia filosofar, mas é só dessa vez), é conhecendo os outros que conhecemos a nós próprios, né? É assim que se configuram as identidades... E as identidades aqui em Barcelona são verdadeiramente múltiplas!
Caaaaaaarneeeeee
Ontem comi carne! Não uma carne qualquer, mas um pratão de carne! Não um pratão qualquer, mas pratão de Bife de Tira! Que saudade que eu tava de um churrasco!
Ontem nos reunimos (a equipe do projeto de pesquisa da UAB) para jantar. Combinamos em uma região de Barcelona (a Grácia) onde tem vários barzinhos e restaurantes. Acabamos escolhendo esse de "carne a la brasa" (como os espanhóis chamam algo no estilo do churrasco). Olha, apesar da Amparo (a minha orientadora daqui e coordenadora do projeto) ficar repetindo que eu não comeria uma carne da mesma qualidade que eles fazem no Brasil eu posso dizer que fiquei muuuuuuito satisfeito! A carne tava uma delícia!!! Macia, suculenta, mal-passada... Huuummm! Vinha com umas batatas (oh novidade, tudo aqui vem com batata :P) recheadas igualmente deliciosas! Foi uma noite muuuito legal! E eu já tenho uma lugar ótimo para levar brasileiros que estiverem de passagem por Barcelona!
Ontem nos reunimos (a equipe do projeto de pesquisa da UAB) para jantar. Combinamos em uma região de Barcelona (a Grácia) onde tem vários barzinhos e restaurantes. Acabamos escolhendo esse de "carne a la brasa" (como os espanhóis chamam algo no estilo do churrasco). Olha, apesar da Amparo (a minha orientadora daqui e coordenadora do projeto) ficar repetindo que eu não comeria uma carne da mesma qualidade que eles fazem no Brasil eu posso dizer que fiquei muuuuuuito satisfeito! A carne tava uma delícia!!! Macia, suculenta, mal-passada... Huuummm! Vinha com umas batatas (oh novidade, tudo aqui vem com batata :P) recheadas igualmente deliciosas! Foi uma noite muuuito legal! E eu já tenho uma lugar ótimo para levar brasileiros que estiverem de passagem por Barcelona!
Sopa
Tenho tomado muita sopa desde que cheguei aqui. Não que seja uma prato típico da Espanha, mas, ao que tudo indica, é um prato bastante apreciado no Equador. E como eu moro com uma equatoriana as sopas têm feito parte da minha dieta alimentar. Acho super delicado e carinhoso da parte da Othita, pois quase sempre que ela faz uma sopa deixa um pouco guardado para mim. É sopa de frutos do mar, sopa de macarrão, sopa de legumes, sopa com ovos, sopa de tudo no mundo. Não sou propriamente um fã de sopa, mas as da Othita são super boas e, principalmente, diferentes. Com qualquer ingrediente acho que ela consegue fazer uma sopa! E uma coisa bem incomum, comparando com o Brasil, é que no Equador se toma sopa no almoço também! Hoje, por exemplo, ela guardou uma sopa de legumes, ovos, leite e sabe-se-mais-lá-o-que para eu almoçar. E estava super gostosa! Será que vou aprender algumas receitas e abrir uma soparia quando voltar para Fortaleza???
quarta-feira, 7 de abril de 2010
A rapidez dos caixas
A Flávia me fez ter a idéia de um post quando comentou no post sobre os preços em Barcelona a rapidez dos caixas do supermercado. Nossa Senhora, eles são rápidos demais... e não é só em supermecado não! Em qualquer lugar que você vai a pessoa do caixa é EXTREMAMENTE rápida! No supermercado eles vão passando os produtos pelo leitor de preços numa velocidade tão grande que quando você tá colocando o primeiro produto na sacola eles já terminaram de passar tudo... Fica até constrangedor essa lerdeza minha (e acredito que de muitos outros que não estão acostumados), porque fica o caixa te olhando e o povo que tá atrás na fila também...
O que causa um grave problema com relação às moedas. Eu odeio moeda, porque elas fazem minha carteira ficar inchada e pesam no meu bolso. Daí eu penso "ah, vou aproveitar as compras pra desovar as moedas". Mas é tão tenso esse momento na frente do caixa que a pessoa se sente inibida de ficar contando as moedas para pagar o valor exato... Você vai contando e todos te olhando com um ar de "putz, vai empatar mesmo a fila aê, mermão?!". Daí acabo sempre pagando com cédula, que é para poder me livrar logo do caixa. E o resultado??? MAIS MOEDAS DE TROCO!!! Tô achando que vou ter que somar toda a compra antes de chegar no caixa para quando a pessoa me disser o preço eu só estender a mão com a "ruma" de moeda para ela contar! Aí quem vai dar o troco serei eu! :-P
O que causa um grave problema com relação às moedas. Eu odeio moeda, porque elas fazem minha carteira ficar inchada e pesam no meu bolso. Daí eu penso "ah, vou aproveitar as compras pra desovar as moedas". Mas é tão tenso esse momento na frente do caixa que a pessoa se sente inibida de ficar contando as moedas para pagar o valor exato... Você vai contando e todos te olhando com um ar de "putz, vai empatar mesmo a fila aê, mermão?!". Daí acabo sempre pagando com cédula, que é para poder me livrar logo do caixa. E o resultado??? MAIS MOEDAS DE TROCO!!! Tô achando que vou ter que somar toda a compra antes de chegar no caixa para quando a pessoa me disser o preço eu só estender a mão com a "ruma" de moeda para ela contar! Aí quem vai dar o troco serei eu! :-P
A dieta espanhola...
O espanhol come para sentir-se satisfeito, o brasileiro come para sentir-se cheio. Depois de quase 1 mês aqui foi a essa conclusão que cheguei. Por mais que nos restaurantes tenha esse lance de dois pratos, pão, sobremesa e cafezinho é tudo pouquinho... Você não vai ver nenhum desses pratos abarrotados de comida. Depois de comer tudo a sensação, pelo menos a minha, é a de que "ok, estou satisfeito, mas se tivesse mais eu comeria!" Ainda bem que não tem, assim vou me livrando aos poucos de todo o excedente de bucho acumulado em quase 3 meses de Fortaleza Bela antes de chegar aqui...
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Essa tal de cultura...
Engraçado demais como certas coisas que para nós brasileiros são absoluta falta de educação em outros lugares podem ser super normais... Isso é a tal da cultura e da identidade, que faz com que as pessoas se reconheçam e se diferenciem umas das outras a partir de seus hábitos e de seus costumes. Uma coisa que tem me chamado muito a atenção desde que cheguei é que o povo aqui não tem o menor pudor de se assoar na frente dos outros... Isso mesmo, o assoado de nariz aqui faz parte da sonoridade urbana... A galera se assoa na rua, no metrô, nas lojas e, pasmem, até à mesa! Confesso que isso me choca um pouco... Eu não sou obrigado a escutar o assoado alheio enquanto estou comendo, sou? Bem, aqui eu sou... hehehehe. Mas é cultural, né... não dá para encarar como falta de educação (já imagino alguns leitores pensando "é falta de educação sim!!!" hauhauahauah). Ahhh, e o espirro também! Disfarçar pra que???
Outra coisa que aqui (pelo menos alguns exemplos que tenho visto até agora, mas não quero generalizar) também parece ser "normal" é usar o garfo que se leva à boca para pegar os alimentos na travessa principal. Bem, essa parte eu confesso que é bem complicada para mim... Desde que me entendo por gente mamãe me ensinou que o talher que a gente leva à boca não se encosta mais nos pratos compartilhados com os outros que estão à mesa. Faço de tudo para abstrair o "nojo", mas é difícil... Mas por que diabos eles não usam a colher grande para levar os alimentos aos seus pratos???
Enfim, estou tentando me adaptar ao mundo de coisas novas. Mas eu também tenho a minha cultura, certo? Que não é melhor e nem pior do que a daqui, é apenas diferente. E como oriundo de uma certa cultura me reservo o direito de odiar esse compartilhamento de subeijo! hauahuahauhauha. Acho que se eu voltar para Fortaleza com esses novos hábitos Regina Barsi e Luciana Leitão me deportam para a Espanha no primeiro avião! Huhauahuahauha.
Outra coisa que aqui (pelo menos alguns exemplos que tenho visto até agora, mas não quero generalizar) também parece ser "normal" é usar o garfo que se leva à boca para pegar os alimentos na travessa principal. Bem, essa parte eu confesso que é bem complicada para mim... Desde que me entendo por gente mamãe me ensinou que o talher que a gente leva à boca não se encosta mais nos pratos compartilhados com os outros que estão à mesa. Faço de tudo para abstrair o "nojo", mas é difícil... Mas por que diabos eles não usam a colher grande para levar os alimentos aos seus pratos???
Enfim, estou tentando me adaptar ao mundo de coisas novas. Mas eu também tenho a minha cultura, certo? Que não é melhor e nem pior do que a daqui, é apenas diferente. E como oriundo de uma certa cultura me reservo o direito de odiar esse compartilhamento de subeijo! hauahuahauhauha. Acho que se eu voltar para Fortaleza com esses novos hábitos Regina Barsi e Luciana Leitão me deportam para a Espanha no primeiro avião! Huhauahuahauha.
A mí no me gusta...
Que raiva dessas porcarias dessas entradas APENAS circulares das tomadas aqui na Espanha (e, pelo que eu já soube, na Europa toda!). Por que diabos eles não fazem igual ao Brasil, cujas entradas de tomadas tanto comportam tomadas redondas quanto tomadas planas??? Quem vem da América precisa de adaptador pra tudo... Adaptador pro carregador do laptop, adaptador pro carregador da câmera, adaptador para qualquer eletronico... Agora na viagem para Aragón eu obviamente levei o carregador da câmera, mas esqueci a droga do adaptador, então foi mesmo que nada. E como aqui em feriados até os postos de saúde parecem parar de funcionar (vide o posto de saúde de Nuévalos, que estava trancado e tinha um recado na porta do médico plantonista dizendo que qualquer coisa ligassem para o celular dele) é claro que não encontrei nenhuma loja para comprar um adaptador para carregar a câmera. Tive que poupar minha bateria no final da viagem... Mas agora já aprendi, vou comprar um adaptador exclusivo para o carregador da bateria da máquina.
Na estrada...
Caraca, dirigir na estrada aqui deve ser muito bom!!! Quase que eu pedia ao Javier para dirigir um pouquinho o carro dele na viagem... Hehehehe. Primeiro que o asfalto é perfeito... Nenhum buraco, nenhum, em mais 400km entre Barcelona e Nuévalos. Tudo funciona na estrada... refletores, faixas no asfalto que fazem o carro tremer quando o pneu encosta nelas, placas eficientes (e veja só, sem nenhuma pichação!), motoristas conscientes que sabem que não podem ir devagar na pista da esquerda (viu, Maria? rsrsrsrs) e o melhor de tudo: limite de velocidade de 120km/h!!! Digam aí se não é um sonho uma estrada dessas??? Ahhh, e vale ressaltar que se trata de uma "carretera" (estrada em castelhano) sem pedágio!!!
Ahhh, um PS: já existem carros com uma tecnologia que faz a direção vibrar cada vez que o pneu encosta na faixa, como uma forma de alerta que você ta "invadindo" a outra faixa. Mas estou falando aqui de outra coisa. O que estou dizendo é que as faixas nas estradas nas quais andei não são simplesmente pintadas no asfalto. Elas são pintadas sobre aquele tipo de piso que faz o carro tremer, semelhantes aqueles que têm antes das lombadas. Ou seja, não é uma tecnologia do carro, mas uma tecnologia da estrada!
Ahhh, um PS: já existem carros com uma tecnologia que faz a direção vibrar cada vez que o pneu encosta na faixa, como uma forma de alerta que você ta "invadindo" a outra faixa. Mas estou falando aqui de outra coisa. O que estou dizendo é que as faixas nas estradas nas quais andei não são simplesmente pintadas no asfalto. Elas são pintadas sobre aquele tipo de piso que faz o carro tremer, semelhantes aqueles que têm antes das lombadas. Ou seja, não é uma tecnologia do carro, mas uma tecnologia da estrada!
Páscoa em Aragón!
Aqui a Páscoa é algo muito celebrado, inclusive a Semana Santa é literalmente 1 semana! hehehe. Ou até mais! Aqui em Barcelona, por exemplo, hoje, segunda-feira após o domingo de Páscoa, também é feriado! E eu não poderia ter passado essa Páscoa em brancas nuvens, né?! Na quinta-feira a Othita me acordou convidando para viajar com ela e uns amigos ao estado do Aragón, onde fica a cidade de Zaragoza. Eu topei na hora! Saímos logo depois. Fomos de carro e a viagem começou nos presenteando com belas paisagens na estrada. Montanhas rochosas, campos verdes a perder de vista, lagos, enfim, uma vista de encher os olhos. Nos hospedamos numa montanha, onde tinha espaço para acampar, espaço para trailer e os chalés (onde ficamos). Conhecemos a cidadezinha de Nuévalos, muito linda, com suas ruelas, ruínas, prédios baixinhos com sacadas de ferro... Passamos um dia inteiro no Parque e Monastério de Piedra, um lugar espetacular!!! Um parque cheio de cachoeiras, trilhas, grutas, cavernas e cada paisagem inesquecível... Também assisitimos a um show de aves de caça, treinadas para se apresentar ao público. O Monastério, então, esse não dá nem para descrever... Fizemos uma visita guiada e a chica foi explicando tudo, todas as salas, os períodos da construção, as histórias, tudo. Foi nesse monastério onde foi feito o primeiro chocolate da Europa. Lá também funcionava uma vinícula, e os próprios monges é que fazim o vinho. Assistimos a via sacra na cidade de Calatayud. A via sacra aqui é algo "profissional". Fantasias luxuosas, um monte de gente desfilando, tudo ensaiadinho, até bateira tinha!!! Que Deus me perdõe a comparação blasfêmica, mas parecia um desfile de escolas de samba!!! E, finalmente, conhecemos Zaragoza! Cidade liiinda, cheia de monumentos, parques, praças, ruelas, todas essas coisas que tornam as cidades aqui encantadoras. A catedral de Nossa Senhora do Pilar é algo indescritível... Primeiro porque ela é enorme! Segundo porque ela é linda! Os altares, o teto, as paredes, tudo cheio de detalhes, de afrescos... Nada nela é simples, tudo é recheado de detalhes. Foi emocionante entrar num lugar como aquele, agradecer à Deus por estar aqui e pedir saúde e paz para a minha família linda e meus amados amigos do Brasil. Voltei com uma sensação tão boa... A viagem foi ótima, o grupo era sensacional, as comidas provadas eram deliciosas... tudo para marcar de forma positiva a minha primeira viagem!
Assinar:
Postagens (Atom)